Você já parou para pensar na famosa frase 'a grama do vizinho é sempre mais verde'? Essa expressão revela nossa tendência a achar que a vida dos outros é sempre melhor, sem conhecer os desafios que eles enfrentam. E é nessa comparação que o FOMO, ou 'fear of missing out', o medo de ficar de fora, entra em cena.

Esse fenômeno é caracterizado pela sensação angustiante de estar perdendo algo importante ou divertido. Muitas vezes, isso pode levar a decisões impulsivas, como terminar um relacionamento saudável, apenas para 'aproveitar a juventude'. O FOMO não é apenas uma questão de estar presente em eventos sociais; ele se aprofunda em questões psicológicas, especialmente entre os jovens, que são os mais afetados por essa ansiedade social.

O psiquiatra Cyro Masci, especialista em saúde mental, explica que o FOMO é uma forma específica de ansiedade social, que, diferentemente da ansiedade comum, não leva à fuga do contato social. Ao contrário, a pessoa se sente compelida a buscar constantemente novos eventos, posts e novidades. Essa incessante busca acaba desconectando o indivíduo do momento presente.

O impacto do FOMO é intensificado pelas redes sociais, que permitiram que os usuários compartilhem apenas os melhores momentos de suas vidas. Essa seleção natural cria uma imagem distorcida da realidade, levando a comparações constantes. Nos casos mais extremos, isso pode resultar em um estado crônico de ansiedade, prejudicando a vida pessoal e as relações sociais dos jovens.

Entenda que a vulnerabilidade dos jovens está ligada ao desenvolvimento incompleto das áreas do cérebro responsáveis pelo autocontrole e regulação emocional. Essa fase de desenvolvimento os torna altamente suscetíveis a estímulos externos de validação social, como 'likes' e comentários que ativam a liberação de dopamina, o hormônio do prazer.

Além do sentimento de inadequação, o FOMO pode manifestar sintomas como dificuldades de concentração, preocupação excessiva em capturar momentos para compartilhar e um desejo insaciável de respostas imediatas nas redes sociais. Durante a pandemia de Covid-19, esse problema se agravou, aprofundando a solidão e o tédio entre os jovens, que passaram a ver as redes sociais como a única forma de se conectar.

Por mais que a vida esteja voltando ao normal, o FOMO continua a assombrar muitos jovens, uma vez que as redes sociais permanecem como parte integral do cotidiano. Portanto, fique atento: as redes sociais podem ser uma vilã disfarçada, distorcendo a realidade e obscurecendo a verdadeira essência das amizades e experiências de vida.

Junte-se a nós e descubra como enfrentar esse medo de ficar de fora! Você está pronto para transformar sua relação com a vida e a internet?