Vitórias brasileiras trazem desafios para a Conmebol na Libertadores
2024-10-24
Autor: Maria
A Conmebol, responsável por organizar a Copa Libertadores, agendou a final para o Estádio Mâs Monumental, em Buenos Aires, que tem capacidade para cerca de 86 mil torcedores. No entanto, a confederação enfrenta um problema significativo: como garantir que o maior estádio do continente esteja lotado para este evento tão aguardado?
A solução mais imediata seria a classificação do River Plate, que joga em casa. Se a equipe argentina conseguir chegar à final, o desafio da Conmebol estaria resolvido. Mas, e se o time não conseguir a vaga?
Neste cenário, a confederação poderia contar com o Peñarol, um dos clubes mais tradicionais do Uruguai. Não há dúvida de que, se o Peñarol alcançar a final, dezenas de milhares de torcedores cruzarão o Rio da Prata para apoiar sua equipe. Porém, isso talvez não seja suficiente.
A situação se complica ainda mais se considerarmos que tanto o Botafogo quanto o Corinthians, que estão entre os favoritos, podem ser os finalistas. A expectativa de público para um jogo entre duas equipes brasileiras na Argentina é bastante incerta; dificilmente levariam 80 mil torcedores para a capital argentina.
Vale lembrar que em 2021, a final da Copa Sul-Americana entre Athletico e Red Bull Bragantino ocorreu no Estádio Centenário com péssima presença de público, resultando em um evento desolador. A Conmebol, ciente deste problema, optou por não realizar a final da Libertadores de 2023 no Estádio Centenário, transferindo o evento para Maldonado após a eliminação do Corinthians.
Recentemente, a LDU de Quito e o Fortaleza também enfrentaram desafios ao competir em locais que não atraíram grande público, ressaltando a dificuldade de lotação em finais de torneios sul-americanos.
Se a final da Libertadores for entre Atlético Mineiro e Botafogo, não será surpresa se a Conmebol decidir realizar o jogo em um estádio menor, como o José Amalfitani, do Vélez Sarsfield, que tem capacidade para aproximadamente 49 mil pessoas. O que está em jogo não é apenas um troféu, mas também a viabilidade e a magia que essas finais devem proporcionar ao público. A pressão está nas mãos da Conmebol para garantir que a grandeza do torneio seja mantida.