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Vitor Belfort Revela Erros Chocantes na Investigação do Desaparecimento da Irmã Priscila: 'Ninguém Investigou os Últimos Dias!'

2024-09-26

No dia 9 de janeiro de 2004, a jovem Priscila Belfort, então com apenas 29 anos, saiu de casa com a mãe para ir ao trabalho no centro do Rio de Janeiro. Desde então, a família vive um verdadeiro pesadelo, já que Priscila foi vista pela última vez caminhando pela Avenida Marechal Floriano, por volta das 13h, e seu paradeiro permanece desconhecido por duas longas décadas.

Neste cenário angustiante, chega ao Disney+ a série documental "Volta, Priscila", que em quatro episódios explora as investigações policiais, a busca da família por respostas e o impacto da cobertura midiática no caso. Apesar das várias pistas investigadas na época, o desaparecimento de Priscila Belfort continua sem solução, e sua mãe, Jovita Belfort, não perde a esperança de encontrar a filha. "Alguém sabe o que aconteceu, ela não foi abduzida. Uma pessoa sabe, isso é certeza", afirma com lágrimas nos olhos.

Jovita se vê presa em uma luta diária entre a memória da filha e o luto incessante do desaparecimento. "É uma dor que não cessa. O desaparecimento é diferente da morte, é uma espera angustiante." A série, dirigida por Eduardo Rajaball, inclui entrevistas tocantes com Vitor, Jovita, Joana Prado e jornalistas que acompanharam o caso à época.

O documentário não é apenas uma forma de perpetuar a memória de Priscila, mas também um chamado para reinstaurar a discussão sobre pessoas desaparecidas no Brasil. Jovita, que agora é Superintendente de Prevenção e Enfrentamento ao Desaparecimento de Pessoas, destaca que existem mais de 80 mil casos de desaparecimentos por ano no Brasil e que, ao contrário do que muitos pensam, as famílias não têm suporte adequado. "Mães que ainda acreditam que seus filhos possam estar vivos não devem ser tratadas como criminosas", desabafa.

Vitor critica severamente a investigação do caso, ressaltando que a polícia se fixou em uma única linha de busca. "Por que não se investigaram os últimos dez dias da vida dela? Isso é inaceitável", desabafa, revelando também sua própria culpa por estar focado em sua carreira esportiva naquele momento.

Para além do documentário, a família Belfort tem planos de implementar o 'Alerta Pri', um sistema semelhante ao Amber Alert dos Estados Unidos, que inclui o envio de mensagens de texto para celulares em casos de desaparecimento. O objetivo deles é garantir que as pessoas desaparecidas sejam rapidamente localizadas, utilizando tecnologia moderna e o poder da comunidade.

Na trama de eventos trágicos, foi a mídia que ajudou a manter Priscila na memória pública, mas não sem consequências. Jovita critica a maneira como sua filha foi retratada, especialmente em relação a rumores infundados sobre suposto uso de drogas. "Criaram uma Priscila que não existia", diz ela, enfatizando como manchetes irresponsáveis podem prejudicar ainda mais as famílias em busca de respostas.

Desde o desaparecimento de Priscila, inúmeras famílias enfrentam o mesmo drama, e o apoio que deveriam receber é muitas vezes inadequado. A série promete não apenas trazer à luz a história de Priscila, mas também se tornar um marco para a luta por justiça e dignidade para todas as pessoas desaparecidas e suas famílias no Brasil. O que aconteceu com Priscila Belfort? A esperança de respostas continua viva, e a luta por justiça está apenas começando.