
'Virou Brasil': iPhone Pro Max poderá custar US$ 2.300 nos EUA
2025-04-08
Autor: Mariana
Prepare-se para sentir o impacto no bolso: a inflação dos preços dos iPhones promete ser alarmante.
Com a recente política tarifária imposta por Donald Trump, espera-se uma onda de aumentos nos preços dos produtos eletrônicos vendidos nos EUA, a maioria fabricada na Ásia.
As projeções do impacto final variam, mas para os iPhones, o reajuste pode alcançar impressionantes 43%!
A Apple está diversificando seu leque de fornecedores, e a Índia está se tornando um centro importante na montagem dos dispositivos. No entanto, ainda assim, a maior parte dos iPhones é produzida na China – e as tarifas impostas sobre o país asiático foram elevadas a alarmantes 54%.
Se a Apple decidir repassar totalmente as tarifas aos consumidores, um iPhone 16 básico teria seu preço elevado de US$ 799 para US$ 1.142 nas prateleiras americanas, conforme uma reportagem da Reuters que cita estimativas da Rosenblatt Securities. Na conversão atual, esse valor é quase equivalente ao que se paga no Brasil.
O modelo Pro Max, com 1 terabyte de memória, passaria de US$ 1.599 para impressionantes US$ 2.300, resultando em mais de R$ 14.000, considerando a cotação do dólar turismo. Na Apple Store do Brasil, esse modelo já está à venda por R$ 14.299, podendo ser parcelado.
Esses cálculos foram feitos antes de uma possível tarifação adicional de 50% proposta por Trump contra a China, o que elevaria a carga total para assombrosos 104%.
O UBS Wealth Management, por sua vez, fez seus próprios cálculos e chegou a previsões mais conservadoras. Segundo eles, um iPhone 16 Pro montado na China pode subir 29%, enquanto o produzido na Índia teria um aumento 'modesto' de 12%.
Além disso, a análise também aponta que o Apple Watch fabricado no Vietnã poderá aumentar de preço em 19% nas lojas americanas.
As tarifas não impactam apenas os bens de consumo; os servidores feitos em Taiwan podem sofrer um aumento de até 27% nos preços nos EUA, de acordo com o UBS.
“O ambiente está cheio de incertezas sobre como esses custos serão repassados pelos fornecedores e como isso afetará os preços finais aos consumidores”, comentam os analistas do banco suíço.
As previsões indicam que a Apple poderá enfrentar perdas significativas: um estudo feito pelo Morgan Stanley estima que a empresa poderá deixar de arrecadar US$ 34 bilhões por ano caso não repasse os aumentos de custo e absorva as perdas nos EUA.
Outro ponto a ser considerado é a ‘barreira psicológica’ dos US$ 999, que historicamente teve um papel vital nas estratégias de preços da companhia, reconhecida por seus produtos premium.
Quanto aos computadores, a situação também é incerta. Parte dos Macs é fabricada na Tailândia, que enfrenta uma tarifa de 37%. Já os iMacs, produzidos na Irlanda, estarão sujeitos a uma tarifa de 20%.
Por fim, a Bloomberg menciona o Brasil como uma potencial alternativa para a Apple, considerando que a tarifa no país seria de aproximadamente 10%. No entanto, vale ressaltar que as linhas de produção brasileiras são significativamente menores em comparação com as da Ásia, o que pode dificultar essa transição.