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Vício em Celular: O Impacto Desastroso na Saúde Mental e Alimentar

2024-11-10

Autor: Fernanda

Um preocupante estudo da Universidade Federal de Lavras (Ufla) revelou que a dependência excessiva do celular está diretamente associada a transtornos mentais, como ansiedade, depressão, estresse e, pasmem, até distúrbios alimentares.

O professor Eric Francelino Andrade, coordenador da pesquisa, explica: "A dependência dos smartphones não é apenas um problema de uso excessivo, mas também um ciclo vicioso. Quem é ansioso pode usar mais o celular, e quanto mais utiliza, mais ansiedade sente. É um ciclo que se retroalimenta."

Esses transtornos mentais são frequentemente causados por múltiplos fatores, mas o estudo deixou claro que a análise estatística demonstrou uma correlação evidente entre o uso compulsivo de celulares e níveis elevados de depressão, ansiedade e estresse.

Durante a pesquisa, que contou com 781 participantes de diversas instituições de ensino superior no Brasil, foi identificado que aqueles que apresentam dependência do celular também são menos ativos fisicamente. O professor Andrade acrescenta: "A relação entre pouca atividade física e o uso excessivo do celular é alarmante. Precisamos urgentemente abordar isso na sociedade."

Mas isso vai além da saúde mental.

A pesquisa também indicou uma preocupação crescente com a forma como os indivíduos se veem. O uso ininterrupto do telefone pode distorcer a percepção corporal, levando a uma insatisfação com a própria imagem, fator muitas vezes associado a distúrbios alimentares.

Um dos métodos utilizados para medir essa insatisfação corporal foi uma escala de silhuetas, onde os participantes relatavam qual imagem mais se assemelhava ao seu corpo e qual desejavam ter. Quanto maior a diferença entre essas respostas, maior a insatisfação percebida.

A situação se agrava!

A estudante Maria Luíza Nonato Salvador compartilhou sua experiência: "Quando fico longe do celular, sinto palpitações. É como se a ansiedade aumentasse pela falta do aparelho. Além disso, essa necessidade constante de conferir mensagens apenas intensifica minha insegurança, levando a sintomas físicos de ansiedade."

Além disso, o estudo oferece uma reflexão importante: a quantidade de tempo que as pessoas passam no celular raramente é abordada durante consultas de saúde mental.

A pesquisadora Karen Rodrigues Lima destaca que: "É comum que os profissionais de saúde se concentrem em perguntas sobre medicações e histórico de doenças, mas negligenciam questões sobre o uso do celular. Isso é um erro grave, pois a interação nas redes sociais pode gerar um ambiente de comparação que prejudica o bem-estar e a saúde emocional dos indivíduos."

ATENÇÃO!

Profissionais de saúde devem, urgentemente, integrar o uso de dispositivos móveis em suas avaliações clínicas. Essa pesquisa é um chamado para que pais, educadores e profissionais da saúde fiquem atentos à relação desigual entre o smartphone e a saúde mental e emocional. Não ignore os sinais - a saúde pode estar em risco devido ao seu uso excessivo!