Em um episódio chocante, a Argentina acabou se isolando ao ser o único país a votar contra uma resolução destinada a intensificar os esforços globais para prevenir e combater a violência contra mulheres durante uma votação na Organização das Nações Unidas (ONU) realizada na quinta-feira, dia 14 de novembro.

A resolução foi amplamente apoiada, recebendo 170 votos a favor, com países como Belarus, Coreia do Norte, Líbia, Nicarágua, Irã, Rússia e Síria se abstendo. A postura polêmica do governo argentino, liderado por Javier Milei, gerou protestos em diversas partes do mundo, uma vez que o combate à violência de gênero é considerado uma questão vital e urgente em tempos atuais.

Essa decisão vem em um momento delicado, logo após a demissão da ex-chanceler Diana Mondino, que era vista como uma defensora dos direitos humanos e das mulheres. A comunidade internacional observa com preocupação o que essa mudança de direção na política externa da Argentina pode representar para as conquistas dos direitos das mulheres no país.

Organizações de direitos humanos expressaram indignação e reforçaram a necessidade de uma resposta coletiva frente às violências sofridas por mulheres em todo o mundo. A ironia dessa votação não passa despercebida, especialmente considerando que a Argentina é frequentemente reconhecida por seus avanços em políticas de igualdade de gênero.

Ativistas pedem uma mobilização urgente em defesa dos direitos das mulheres, enfatizando que a luta continua. O cenário atual é um chamado à ação para todos aqueles que acreditam na igualdade e na necessidade de proteção das mulheres contra a violência. A pergunta que fica é: até quando a Argentina irá se alhear de suas obrigações em um assunto tão crucial?