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Venezuelanos Protestam em Todo o Mundo por Democracia e Reconhecimento de Seu Presidente Eleito

2024-09-29

No último sábado, uma onda de protestos tomou as ruas de diversas capitais ao redor do mundo, organizada pela vasta comunidade de venezuelanos que reivindica democracia e o reconhecimento de Edmundo González Urrutia como seu presidente legítimo. Essa demanda já recebeu apoio formal dos Estados Unidos, do Congresso e do Senado espanhol e do Parlamento Europeu. Edmundo González, que compareceu a um dos eventos, interagiu brevemente com os manifestantes.

O movimento global foi galvanizado por um apelo da líder da oposição, María Corina Machado, a fim de pressionar o governo do presidente Nicolás Maduro, que permanece no poder apesar das inúmeras acusações de fraudes eleitorais.

Em Madrid, onde residem aproximadamente 70 mil venezuelanos, uma das maiores manifestações ocorreu na Puerta del Sol. Os manifestantes levaram faixas em prol da democracia e clamaram pelo fim da repressão e da violência. Entre os presentes, estavam figuras proeminentes da oposição que vivem em exílio.

"Estamos em uma verdadeira caçada às nossas esperanças".

Antonio Ledezma, ex-presidente da câmara de Caracas, foi um dos primeiros a chegar ao protesto e enfatizou à mídia que "cada venezuelano, onde quer que esteja, deve pensar em ações que podem resistir aos ataques da ditadura que persegue incansavelmente o povo".

Familiares de presos políticos também marcaram presença. Entre eles, estava Perkins Rocha, filho do advogado de María Corina Machado. Em declarações à NTN24, Santiago Rocha destacou a gravidade da situação, afirmando que "mais de 1.800 venezuelanos estão presos politicamente, e isso se repete frequentemente, não se trata apenas do meu pai".

A multidão, unida pelos gritos de "se vê se sente, Edmundo presidente", tomou conta da Puerta del Sol, exibindo bandeiras venezuelanas e cartazes pró-democracia. A organização dos protestos declarou que é momento de "celebrar e defender um ato histórico e único".

"Hoje, há dois meses, mostramos que era possível. Com o triunfo de Edmundo González, derrotamos uma tirania através das urnas, seguindo suas próprias regras. Essa conquista não foi fruto de um dia apenas. Superamos obstáculos ao longo de meses e conseguimos uma vitória crucial", afirma o manifesto.

O documento prossegue afirmando: "No dia 22 de outubro, realizamos as eleições primárias organizadas pela Plataforma Unitária. Tanto dentro como fora do país, as pessoas participaram de um processo eleitoral limpo e transparente, sem a interferência da CNE. A partir desse momento, os venezuelanos se uniram por meio da liderança de María Corina Machado e estamos comprometidos em libertar nossa nação, lutando até o fim por um futuro melhor para a Venezuela".

Essa mobilização acontece em um contexto de crescente pressão internacional sobre o governo de Maduro, com líderes globais clamando por uma solução pacífica e democrática para a crise política e humanitária que o país enfrenta. O futuro da Venezuela está em jogo, e a pressão das manifestações promete ser um fator crucial nessa luta por liberdade.