Na última quarta-feira (25/09), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, destacou a segurança do sistema de votação brasileiro, considerando-o "infraudável" e "inhackeável". Essa declaração foi feita durante uma palestra que abordou a utilização da inteligência artificial (IA) no Poder Judiciário.

Barroso enfatizou que o Brasil é o único país no mundo com 150 milhões de eleitores que consegue divulgar o resultado das eleições apenas duas horas após o fechamento das urnas, sem riscos reais de fraudes, exceto as teóricas. Ele acredita que o sistema é robusto o suficiente para garantir a integridade do processo eleitoral: "É um sistema inhackeável, de modo que ele é fraudável e inhackeável, para a gente usar os is no bom sentido, finalmente", comentou o ministro.

Em relação à inteligência artificial, Barroso ressaltou que a adoção dessa tecnologia no Judiciário é uma questão crucial para a sobrevivência do sistema, uma vez que há uma enorme quantidade de processos – cerca de 83,8 milhões – tramitando atualmente no Brasil. A preocupação em regular o uso da IA no Judiciário é uma necessidade urgente, segundo o presidente do STF, devido ao investimento que o país está fazendo para desenvolver ferramentas que possibilitem sua aplicação.

Ele também comparou o avanço da IA a descobertas históricas que mudaram o curso da civilização, como a eletricidade, os antibióticos e as vacinas, afirmando que o Brasil está prestes a vivenciar uma transformação revolucionária.

Os comentários de Barroso levantam questões importantes sobre a segurança das eleições e a inovação no sistema judicial, especialmente à medida que o Brasil se posiciona como um líder em tecnologia de votação. Serão essas inovações suficientes para restaurar a confiança pública, ou o debate sobre a segurança das urnas e a integridade eleitoral continuará? O tempo dirá.