EUA Aceleram Pedido para Intervenção de Trump

Atenção! O Instituto Americano de Ferro e Aço (AISI) enviou uma comunicação direta ao governo de Donald Trump, expressando sérias preocupações sobre a venda de plantas de níquel no Brasil para a MMG, um braço da gigante estatal chinesa China Minmetals Corporation. Segundo a AISI, essa transação pode dar aos chineses "influência direta" sobre uma parte significativa das reservas de níquel do Brasil, o que aumentaria as "vulnerabilidades na cadeia de suprimentos" desse mineral estratégico.

Preocupações com a Propriedade Estratégica

A AISI exigiu que o governo dos EUA pressione a administração brasileira a considerar alternativas que protejam a propriedade de ativos estratégicos de níquel, garantindo que o acesso a esse recurso permaneça justo e aberto no futuro. O alerta foi protocolado em 18 de agosto, no contexto de uma investigação comercial em curso contra o Brasil.

Impacto Potencial da Venda

A venda, avaliada em impressionantes US$ 500 milhões, não é apenas um duro golpe para a soberania brasileira, mas também pode consolidar a posição da China como uma potência dominante na produção global de níquel. Com a China já controlando grande parte da produção da Indonésia, a aquisição do Brasil adicionaria uma nova camada de influência sobre um insumo crucial para a transição energética.

Investigação em Curso

A investigação do USTR tem como alvo suspeitas de práticas comerciais injustas do Brasil, incluindo tarifas preferenciais e proteção da propriedade intelectual. A AISI se manifestou como parte de um esforço mais amplo para garantir que as relações comerciais entre Brasil e EUA permaneçam justas.

A MMG no Brasil e o Futuro do Níquel

Recentemente, a Anglo American decidiu vender sua planta de níquel em Barro Alto (GO) para a MMG, que também inclui projetos em Niquelândia (GO), além de novos empreendimentos no Pará e Mato Grosso. Com essa movimentação, o alcance da China no mercado brasileiro de níquel se expande, levantando bandeiras vermelhas sobre o controle deste mineral vital.

Riscos e Desafios para os EUA

O presidente da AISI, Kevin Dempsey, alertou que a concentração das reservas de níquel nas mãos da China poderia agravar o já elevado controle chinês sobre a produção global desse mineral. Em um momento em que os EUA enfrentam "práticas distorcivas de mercado" por parte da China, a transação proposta é vista como um passo preocupante para fortalecer ainda mais o domínio chinês sobre o suprimento global de níquel.

Com o cenário global de comércio se transformando rapidamente, a corrida pelo níquel – essencial para baterias e tecnologia de energia limpa – nunca foi tão crítica.