Neste último fim de semana, a tragédia se abateu sobre o norte de Gaza, onde pelo menos 50 crianças perderam a vida devido a ataques aéreos intensos. A cidade de Jabalia, um dos locais mais afetados, viu destruição em massa com a derrubada de dois prédios residenciais que abrigavam centenas de pessoas, gerando uma catástrofe humanitária.

Entre os incidentes alarmantes, um ataque a um veículo do UNICEF, que estava a caminho de uma campanha de vacinação contra a poliomielite, destaca-se. O carro de uma funcionária da organização foi atingido possivelmente por um drone na região de Jabalia - Elnazla. Apesar do veículo ter sofrido danos significativos, felizmente, a funcionária não se feriu, mas ficou extremamente traumatizada com o evento.

Além disso, relatos indicam que ao menos três crianças ficaram feridas em um ataque próximo a uma clínica de vacinação em Sheikh Radwan, onde uma campanha de imunização contra a poliomielite estava em curso. Esses ataques são mais um exemplo das consequências devastadoras de ações militares indiscriminadas contra a população civil na Faixa de Gaza.

A situação é alarmante: com o aumento das hostilidades, cada vez mais crianças ou são mortas, feridas ou privadas de serviços essenciais, como saúde e alimentação. A diretora do UNICEF ressaltou que os princípios do direito humanitário internacional estão sendo violados repetidamente, levando a um aumento chocante no número de crianças afetadas pela guerra.

"Os civis e as instalações civis, incluindo edifícios residenciais, bem como os trabalhadores humanitários, devem ser sempre protegidos. É inaceitável que essas normas estejam sendo ignoradas em um tempo em que a proteção da vida das crianças deveria ser uma prioridade máxima", afirmou a diretora.

A população civil, em especial as crianças do norte de Gaza, enfrenta um risco crescente de morte, não apenas pelos conflitos armados, mas também pela escassez de alimentos e pela propagação de doenças resultantes da deterioração das condições de vida.

O UNICEF condena os ataques e pede uma investigação imediata sobre as circunstâncias que levaram ao ataque ao seu pessoal, além de exigir que os responsáveis sejam identificados e responsabilizados.

"É crucial que os Estados membros intervenham e utilizem sua influência para assegurar que o direito internacional seja respeitado e que a proteção das crianças esteja em primeiro plano. É hora de pôr fim a essa guerra cruel e restaurar a paz na região", concluiu. A comunidade internacional é chamada a agir e garantir um futuro mais seguro para as crianças de Gaza.