Recentemente, um fenômeno astronômico intrigante foi anunciado: uma nova 'minilua' deve orbitar a Terra nos próximos dois meses. Contudo, essa presença não será igual à Lua que conhecemos.

Esse novo corpo celeste, que é um asteroide do tamanho de um ônibus, será atraído pela força gravitacional do nosso planeta e ficará em uma órbita temporária. Essa situação ocorre devido a um asteroide chamado 2024 PT5, que será visível a partir de 29 de setembro e permanecerá em nossa órbita até 25 de novembro, quando retornará ao cinturão de asteroides em volta do Sol.

⚠️ O que é uma minilua?

Geralmente, uma lua ou satélite natural é um corpo celeste que gira em torno de um planeta. Para ser considerado uma lua, o objeto deve estar em uma órbita estável em torno do planeta, e não ser artificial. Esses tipos de satélites naturais são bastante raros, já que a maioria dos asteroides passa rapidamente pela influência gravitacional da Terra.

A última vez que tivemos um evento semelhante foi em 2020, com o asteroide 2020 CD3, que orbitou nosso planeta por cerca de seis meses até voltar ao seu caminho normal.

📈 Detalhes sobre a nova minilua

A nova minilua, 2024 PT5, foi identificada em agosto através de um sistema avançado de monitoramento de asteroides. Embora tenha o apelido de 'mini-lua', estes asteroides não completam uma órbita completa em torno da Terra. Em vez disso, sua trajetória será uma órbita em formato de ferradura, o que deixou alguns cientistas questionando sua classificação como uma lua em si.

"O mais fascinante sobre esses corpos é que eles orbitam o planeta apenas temporariamente, antes de retornarem à sua trajetória normal em torno do Sol", comentou Gustavo Rojas, físico e doutor em Astronomia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

🔭 Visibilidade e observação

Infelizmente, a visibilidade dessa minilua não será acessível aos astrônomos amadores. Segundo Rojas, o 2024 PT5 foi detectado com o auxílio de um grande telescópio profissional, possivelmente o maior do mundo, localizado na África do Sul. Mesmo com equipamentos potentes, a luz refletida por esse asteroide será muito fraca, tornando sua presença no céu discreta e difícil de ser percebida.

🌌 Outros fenômenos astronômicos

Essa não é uma situação única; atualmente, milhares de asteroides passam perto da Terra. Fenômenos semelhantes já foram observados em torno de outros planetas, como Saturno e Urano. Com o avanço da tecnologia e o aumento no número de telescópios, espera-se que avistamentos de mini-luas e asteroides próximos se tornem mais comuns nos próximos anos.

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