Há um mês, a queda da ponte Juscelino Kubitschek impactou profundamente as vidas de muitos e a economia local. Após extensas buscas, até agora foram recuperados os corpos de 14 vítimas, mas ainda há esperança para as famílias de Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos; Salmon Alves Santos, de 65 anos e seu neto Felipe Giuvannuci Ribeiro, de apenas 10 anos, desaparecidos desde o fatídico dia 22 de dezembro.

A situação é alarmante, uma vez que os trabalhos de mergulho no rio Tocantins estão suspensos devido à abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito. O tenente-coronel dos bombeiros do Tocantins, Nilton Rodrigues Santos, confirmou que as equipes permanecerão no local até que as condições permitam a retomada das buscas.

Economia em Queda Livre

A queda da ponte ainda trouxe graves consequências econômicas. A Associação Comercial de Estreito apontou que cerca de 70% das empresas da região dependiam do transporte rodoviário. O fechamento da ponte resultou em demissões em massa e impactos severos nas finanças locais.

A população se arrisca em embarcações menores para cruzar o rio, enquanto as promessas de uma travessia por balsa ainda não foram cumpridas. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) informou que os acessos para as balsas ainda estão em fase final de construção, dificultando ainda mais a situação dos residentes.

Nova Estrutura em Andamento

Após o colapso, o Ministério dos Transportes anunciou planos para a construção de uma nova ponte em um prazo estimado de um ano. Recentemente, iniciaram-se os trabalhos de demolição dos restos da antiga estrutura, com técnicos já realizando perfurações nos pilares restantes.

A tragédia também levantou preocupações ambientais. Após a queda, 10 veículos caíram no rio, incluindo carretas carregadas de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico. O impacto ambiental potencial dessa carga é motivo de intensa preocupação, e empresas especializadas foram contratadas para a remoção desses materiais perigosos do fundo do rio.

Drama das Vítimas

O vereador Elias Junior estava no local durante o colapso e registrou o desesperador momento em que a ponte cedeu. Assim como muitos outros, ele presenciou a queda ao vivo, capturando o pânico da situação em vídeo.

Por enquanto, as investigações sobre as causas do colapso continuam. A Polícia Federal e órgãos de fiscalização estão apurando responsabilidades, resultando no afastamento de servidores do DNIT. É uma situação que levantou questionamentos sobre a manutenção e inspeção de infraestrutura antiga, como a ponte JK, que, construída na década de 1960, passou por uma recuperação estrutural nos anos 2000, mas já apresentava problemas sérios antes do desastre.

Lista das Vítimas

A tragédia ceifou a vida de várias pessoas, deixando famílias devastadas. Entre as vítimas estão: - Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos. - Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos. - Kécio Francisco Santos Lopes, de 42 anos. - Andreia Maria de Souza, de 45 anos. - Anisio Padilha Soares, de 43 anos. - Alison Gomes Carneiro, vereador, entre outros.

As buscas continuam, destacando a luta e a esperança das famílias que ainda aguardam respostas. A tragédia da queda da ponte JK não é apenas uma questão de infraestrutura, mas um lembrete urgente da necessidade de priorizar a segurança e a manutenção das nossas estradas e pontes.