Ultimato no Hospital de Gaza: Pacientes sob Risco Imediato de Bombas!
2025-01-04
Autor: Carolina
A situação em Gaza se torna cada vez mais angustiante. Na última noite, o hospital local foi alvo de bombardeios, resultando em ferimentos em dois funcionários e a destruição do reservatório de combustível. Mohammed Salha, um dos responsáveis pelo hospital, declarou ao UOL: "Perdemos o suprimento de combustível que havia sido enviado de um hospital na Indonésia quatro dias atrás. Agora, estamos sem combustível e sem água, enquanto os ataques continuam intensos."
A urgência da situação é visível, com todos os departamentos do hospital abarrotados de pacientes. Salha complementou: "Precisamos urgentemente de medicamentos, suprimentos médicos e alimentação, além de combustível e água para os pacientes."
Os constantes ataques a instalações médicas em Gaza levaram o Conselho de Segurança da ONU a convocar uma reunião de emergência, na qual será discutida a proteção desses locais. Volker Turk, alto-comissário da ONU para os direitos humanos, ressaltou que o governo de Benjamin Netanyahu não conseguiu apresentar provas concretas de que os hospitais estivessem sendo usados como fachada por combatentes do Hamas. "A destruição dessas unidades é uma catástrofe que se desenrola diante dos olhares do mundo", afirmou.
De acordo com Rik Peeperkorn, representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Cisjordânia e Gaza, "contra todas as probabilidades, os profissionais de saúde e a OMS têm conseguido manter os serviços funcionando ao máximo possível". Ele mencionou que mais de 25% dos 109 mil civis na área já enfrentam ferimentos que podem alterar suas vidas para sempre.
A situação crítica foi relatada à Cruz Vermelha Internacional e à OMS, mas a ajuda ainda é esporádica. O diretor do Al-Awda informou que, embora a OMS esteja contribuindo, suas missões de visitação às unidades médicas estão restritas.
Um relatório da agência da ONU para a saúde revelou que, desde outubro de 2023, houve 654 ataques a instalações de saúde em Gaza, resultando em 886 mortos e 1.349 feridos. Esses ataques acontecem em meio a um contexto de violência crescente, com o Hamas realizando um ataque terrorista em outubro que resultou na morte de 1,1 mil pessoas em Israel. Em retaliação, o governo israelense já matou pelo menos 45,7 mil palestinos e feriu outros 109 mil, deixando o mundo em estado de choque e exigindo respostas urgentes sobre os crimes de guerra perpetrados. O Tribunal Penal Internacional já emitiu mandados de prisão contra importantes líderes de ambos os lados.
A médica Tanya Haj-Hassan, da ONG Medical Aid for Palestinians, fez um alerta alarmante: "Usar uniforme e jalecos brancos é como carregar um alvo nas costas".
Diante da devastação, Salha expressou a urgência por ajuda: "Precisamos transferir pacientes para outros hospitais, mas todas as estradas foram destruídas por Israel. Estamos desesperados e aguardamos socorro."
A combinação de bombardeios incessantes e falta de suprimentos essenciais coloca milhares de vidas em perigo, e a comunidade internacional enfrenta um apelo urgente por ajuda humanitária e intervenções que possam salvar vidas em Gaza.