A tensão entre Ucrânia e Rússia continua a aumentar, enquanto os ucranianos questionam os potenciais benefícios de um cessar-fogo no Mar Negro. A Ucrânia levantou sérias preocupações sobre a execução de prisioneiros de guerra pela Rússia, destacando a brutalidade da situação atual. Recentemente, o ambiente de guerra se intensificou em cidades como Krasnopillya, onde os ataques russos buscam destruir a infraestrutura utilizada pelas tropas ucranianas.

As Forças Aéreas russas, apoiadas por drones, estão atacando alvos estratégicos, enquanto unidades ucranianas realizam operações risas no território russo. Essas incursões foram autorizadas pelo presidente Volodymyr Zelensky em agosto de 2023, como uma forma de pressionar o Kremlin e garantir uma posição mais forte para futuras negociações de paz. O foco das operações é garantir que as tropas russas sejam redirecionadas, especialmente no front de Donetsk, enquanto os ucranianos ganham moral e território.

Entretanto, a situação permanece delicada, com o Kremlin determinado a expulsar as forças ucranianas de seu território antes das comemorações do Dia da Vitória, em 9 de maio. Os analistas observam que a Rússia está sob pressão para mostrar resultados, e a Ucrânia está determinada a dificultar seus planos. Recentemente, foi confirmada a participação de uma unidade exclusiva de militares ucranianos treinados por países da OTAN na ofensiva em Belgorod, que representa uma mudança significativa em comparação a recuos anteriores.

Além disso, a Ucrânia está se preparando para enviar uma equipe a Washington na próxima semana para discutir um acordo sobre o acesso dos Estados Unidos aos seus valiosos recursos minerais. Esta delegação será composta por membros das pastas da Economia, Relações Exteriores, Justiça e Finanças, e ocorre em um momento crítico após uma reunião tensa entre Zelensky e o presidente americano, Joe Biden. Críticas sobre o texto do novo acordo já surgiram, apontando uma possível perda de controle dos recursos naturais do país por parte da Ucrânia.

Svyrydenko, a ministra da Economia, enfatizou a importância das negociações, destacando que o caminho a seguir deve ser rigorosamente debatido. Embora a nova proposta não tenha definido claramente o papel da Ucrânia na gestão dos fundos, analistas indicam que sua participação pode ser limitada, uma questão que o país deseja contornar durante as negociações. Com a guerra em seu auge e negociações complexas em andamento, o futuro da Ucrânia e sua posição no cenário internacional estão em jogo.