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Trump sofre grande reviravolta: Suprema Corte rejeita pedido para adiar sentença

2025-01-10

Autor: Lucas

A Suprema Corte dos Estados Unidos tomou uma decisão impactante ao rejeitar o pedido do ex-presidente Donald Trump para adiar a sua sentença. Segundo a Corte, o ônus que a sentença impõe a Trump é considerado "relativamente insubstancial", já que não haverá condenação a pena de prisão.

A votação foi marcada por uma inesperada aliança, com os juízes liberais e até mesmo o presidente do tribunal, John Roberts, apoiando a rejeição do pedido. A juíza conservadora Amy Coney Barrett também se juntou ao coro, surpreendendo analistas jurídicos e políticos.

Semana passada, o juiz Juan Merchan já havia negado a tentativa de Trump de anular o veredicto que o considerou culpado de 34 crimes, incluindo a falsificação de registros comerciais para encobrir um pagamento de US$ 130.000 à estrela pornográfica Stormy Daniels, realizado pouco antes das eleições presidenciais de 2016. Essa revelação deu origem a uma série de especulações sobre a vida pessoal de Trump e possíveis ramificações políticas.

Daniel e o ex-advogado de Trump, Michael Cohen, confirmaram que o pagamento teve como objetivo silenciar Daniels a fim de evitar que ela falasse publicamente sobre um suposto relacionamento com Trump durante um torneio de golfe em 2006. Trump resistiu a este relato, afirmando que era uma construção da mídia.

Em um cenário que poderia mudar radicalmente sua trajetória política, a sentença de Trump, inicialmente programada para ser anunciada dez dias antes da cerimônia de posse, foi adiada. A defesa alegou que tal decisão poderia impactar as eleições, especialmente com Trump como potencial vencedor.

O juiz Merchan, no entanto, não aceitou os argumentos da defesa, reafirmando que a imunidade que um presidente em exercício pode ter não o protegeria de enfrentar os ânimos da Justiça, uma postura que ecoa verdades democráticas profundas sobre a igualdade perante a lei.

Surpreendentemente, o juiz indicou que não pretende emitir uma ordem de prisão, sugerindo que uma "dispensa incondicional" poderia ser a solução mais palpável. Isso significa que, mesmo sendo condenado, Trump não precisaria passar um dia na prisão, revelando uma face da justiça que muitos podem considerar um golpe de sorte para o ex-presidente.

Ainda assim, as reações a essa decisão continuam intensas. A equipe de Trump imediatamente criticou a decisão, descrevendo-a como uma violação direta dos direitos constitucionais do ex-presidente. Steven Cheung, porta-voz de Trump, declarou que "não se deve permitir que esse caso prejudique a transição presidencial", e prometeu que Trump lutará incansavelmente contra o que chama de fraudes.

Durante uma entrevista à Fox News, Trump não poupou críticas ao juiz Merchan, rotulando-o de "corrupto" e afirmando que essa era mais uma demonstração da "caça às bruxas" promovida por seus opositores políticos. "Eu não cometi absolutamente nenhum erro" afirmou Trump, perpetuando uma narrativa que o tem acompanhado ao longo de sua presidência.

Com a situação política em um impasse e com uma decisão da Suprema Corte que pode moldar o futuro do Partido Republicano, a batalha legal de Trump parece longe de acabar. O que acontecerá nos próximos dias certamente será um misto de expectativa e polêmica, enquanto muitos se perguntam: o ex-presidente finalmente conseguirá se livrar das acusações que o perseguem, ou essa será mais uma etapa de um conturbado processo na cena política americana?