Na última sexta-feira (4/4), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um comentário explosivo sobre os recentes ataques dos rebeldes Houthis contra embarcações militares americanas no Mar Vermelho. Em uma postagem em sua rede social, Truth Social, Trump declarou que parte do grupo envolvido nos ataques foi eliminada.

"Esses Houthis se reuniram para planejar um ataque. Surprise! Não haverá ataque deles! Eles nunca mais afundarão nossos navios!", escreveu Trump, com um tom desafiador.

Essa declaração ocorre em meio a uma intensificação dos conflitos entre os rebeldes Houthis, que contam com o apoio do Irã, e as forças ocidentais. Nesta mesma sexta-feira, o grupo reivindicou novos ataques a navios de guerra dos EUA na região do Mar Vermelho, incluindo o porta-aviões USS Harry S. Truman, o que acende mais uma vez o alerta para a segurança na área.

O porta-voz militar dos Houthis, Yahya Sarea, informou que os ataques envolveram mísseis de cruzeiro e drones, estendendo-se por várias horas. Ele também revelou que esta foi a segunda ofensiva em menos de 24 horas, com o intuito de impedir operações militares direcionadas ao grupo no Iémen. Sarea enfatizou que o grupo "não se renderá" e continuará suas ações em apoio à população palestina, um elo que tem sido utilizado como justificativa para os ataques na região.

Vale ressaltar que as operações dos Houthis contra embarcações na região tiveram início em novembro de 2023, como resposta à guerra em Gaza e ao suporte dos Estados Unidos a Israel. A escalada da violência nessa área crítica do Oriente Médio levanta preocupações sobre a possibilidade de um confronto militar mais amplo.

Desde que Trump autorizou uma série de operações militares contra os Houthis em 15 de março, as consequências têm sido devastadoras: pelo menos 92 civis perderam a vida e 165 ficaram feridos, segundo a agência EFE. A situação humanitária no Iémen já é considerada uma das mais graves do mundo, e a intensificação dos ataques apenas piora o sofrimento da população local.

A comunidade internacional observa atentamente essa escalada, e os desdobramentos podem ter repercussões significativas não apenas para o Oriente Médio, mas para a segurança global como um todo.