No último discurso antes de sua posse, Donald Trump, o presidente eleito dos Estados Unidos, fez uma série de promessas expansivas que visam reverter as políticas do democrata Joe Biden, que ele classificou como "radicais" e "tolas". A cerimônia de posse está marcada para esta segunda-feira (20) e, segundo Trump, não haverá tempo a perder. O republicano afirmou que as mudanças começarão imediatamente após sua juramento ao cargo.

"Todas as ordens executivas radicais da administração Biden serão revogadas em questão de horas. Vamos colocar nosso país de volta nos eixos!", declarou Trump em um discurso cheio de retórica combativa.

Um dos pontos mais destacados de seu discurso foi o ataque à chamada "política de fronteiras abertas" que, segundo Trump, facilitou a entrada de imigrantes ilegais nos Estados Unidos. "Vamos parar a invasão às nossas fronteiras! Aqueles que entraram ilegalmente retornarão para suas casas rapidamente", proferiu, prometendo novas medidas rígidas de imigração semelhantes às de seu primeiro mandato. Um aumento nas penalidades para a entrada ilegal e a implementação de um programa massivo de deportação estão entre seus planos.

Além das questões de imigração, Trump falou sobre sua intenção de acabar com as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio. Ele acredita que sua administração seria capaz de mediar um cessar-fogo mais eficaz e criticou as ações do governo Biden como ineficientes. "Se eu estivesse na presidência, isso nunca teria acontecido", afirmou ao se referir aos acordos recentes de paz na região.

Contudo, não foram apenas temas internacionais que dominaram seu discurso: Trump prometeu reviver e modernizar as Forças Armadas dos Estados Unidos. "Vamos iniciar um grande programa de proteção contra mísseis e restaurar nosso poder militar à grandeza que tinha no passado!", disse, acrescentando a intenção de fortalecer a polícia e as forças de segurança no território nacional.

Outro aspecto polêmico abordado foi sua promessa de desfazer políticas de diversidade e inclusão, o que provocou debate acalorado entre defensores e críticos. "Vamos acabar com essas políticas destrutivas. A meritocracia será a única forma de contratação em nosso governo e nas empresas privadas", enfatizou Trump, prometendo que as empresas poderão finalmente contratar com base nas habilidades, sem considerar fatores como diversidade.

Trump também se comprometeu a defender direitos que ele considera fundamentais, como a liberdade religiosa, de expressão e o direito ao porte de armas.

Na esfera econômica, o presidente eleito reafirmou a agenda protecionista, prometendo elevar tarifas sobre produtos importados e cortando impostos para estimular o crescimento econômico. "Vamos reduzir a inflação e trazer de volta milhares de fábricas para nosso solo, exatamente onde elas pertencem!", concluiu, prometendo uma recuperação econômica com aumento de salários para a população.

À medida que Trump se prepara para assumir o cargo, a expectativa em torno das mudanças que ele pretende implementar é imensa e debatida intensamente, tanto entre seus apoiadores fervorosos quanto por críticos que temem as possíveis consequências dessas políticas radicalmente diferentes.