Trump promete reverter políticas ambientais; Brasil se prepara para ação global
2024-11-12
Autor: Pedro
Na última segunda-feira, o ex-presidente Donald Trump anunciou o deputado republicano Lee Zeldin como o novo administrador da Agência de Proteção Ambiental dos EUA. Zeldin terá a missão de desmantelar diversas leis e regulamentações implementadas durante o governo de Joe Biden, com a promessa de expandir o controle e as penalidades sobre o setor privado.
Em um comunicado, assessores do presidente eleito afirmaram que Zeldin garantirá a 'desregulamentação' necessária para impulsionar o crescimento do setor produtivo americano. O novo administrador manifestou em suas redes sociais a intenção de focar na recuperação do setor automotivo dos EUA, prometendo trabalhar para restaurar o domínio energético do país. "Vamos revitalizar nosso setor automotivo e trazer de volta os empregos, ao mesmo tempo que garantimos a proteção de ar e água limpos", escreveu Zeldin.
Em entrevista à Fox News, Zeldin indicou planos de reverter as políticas ambientais que, segundo ele, são influenciadas pela 'esquerda'. Conhecido por sua postura controversa em questões ambientais, Zeldin recebeu críticas de organizações não governamentais que monitoram a atuação de deputados, tendo sido classificado com a pior pontuação em questões relacionadas ao meio ambiente. Em 2022, ele se opôs à lei climática de Biden e votou contra iniciativas de financiamento para ônibus escolares limpos e substituição de canos de chumbo em infraestrutura.
Com a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP30, agendada para ocorrer no Brasil em 2025, a vitória de Trump é vista como um potencial risco pelo governo brasileiro, que teme um esvaziamento do evento. A última administração de Trump já havia tomado a decisão de retirar os EUA do Acordo de Paris, e relatos recentes sugerem que a retirada do pacto ambiental será uma das primeiras ações de seu novo governo, começando em 20 de janeiro de 2025.
Caso essa saída ocorra, o Brasil considera essa ação um sério desafio para a comunidade global, já que os EUA são responsáveis por uma parcela significativa das emissões de gases de efeito estufa.
Entretanto, os esforços para conter as políticas negacionistas climáticas não param por aí. Acredita-se que será essencial para o Brasil unir forças com os estados e municípios dos EUA que já se comprometeram a honrar os compromissos do Acordo de Paris, independente da postura do governo federal.
Além disso, há uma expectativa de que os investimentos iniciados durante o governo de Joe Biden, principalmente em tecnologias sustentáveis e energia limpa, continuem a ser um caminho de colaboração e esperança. O Brasil também se prepara para atuar como um importante agente nas discussões globais sobre mudanças climáticas, reforçando sua posição na luta por um futuro sustentável.