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Trump Pressiona OPEP e Exige Juros Mais Baixos dos Bancos Centrais Globais

2025-01-24

Autor: Gabriel

Em uma recente aparição no Salão Oval da Casa Branca, o ex-presidente Donald Trump intensificou a pressão sobre a Opep e o Federal Reserve (Fed) dos EUA. Durante a assinatura de novas ordens executivas, Trump fez um apelo enérgico para que o presidente do Fed, Jay Powell, reduza as taxas de juros antes da próxima reunião de política monetária.

"Conheço as taxas muito melhor do que o Fed. Quero vê-las caírem muito", disse Trump. Este chamado está gerando um possível conflito entre o Executivo e o banco central americano em um momento crucial para a economia global.

Durante um discurso no Fórum Econômico Mundial em Davos, o ex-presidente expressou sua insatisfação com a Opep e a Arábia Saudita por não terem tomado medidas para baixar os preços do petróleo. Ele afirmou: "Vou pedir à Arábia Saudita e à Opep que reduzam o custo do petróleo. Vocês precisam fazer isso. Estou surpreso que não tenham feito isso antes das eleições". Trump argumentou que a alta do petróleo está alimentando a maquinaria de guerra da Rússia na Ucrânia, apelando para que a redução no preço do combustível ajudasse a encerrar o conflito.

"Vocês podem acabar com essa guerra se reduzirem os preços do petróleo", acrescentou Trump. Ele também enfatizou que, com essa redução, seria necessário ver uma queda imediata nas taxas de juros em todo o mundo.

Essas declarações de Trump ocorrem em um contexto onde novas sanções ao petróleo e gás russos, impostas antes de sua posse, começam a ser sentidas. Apesar de os preços do petróleo terem caído após seus comentários, a Opep ainda não sinalizou que atenderá ao seu pedido. O cartel tem sido cauteloso quanto a desfazer os cortes de produção que foram implementados em 2022.

Uma recente conversa entre Trump e o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman resultou em um compromisso do governo saudita de investir até US$ 600 bilhões nos EUA nos próximos quatro anos. Apesar disso, Trump indicou que pressionará para que esse valor chegue a cerca de US$ 1 trilhão.

Além das questões com a Opep, Trump também critica os impostos sobre vendas da União Europeia, que, segundo ele, prejudicam empresas americanas. Ele mencionou as multas aplicadas pela UE a gigantes da tecnologia dos EUA, considerando-as um tipo de tributação injusta sobre o comércio americano.

O ex-presidente reiterou sua ameaça de implementar tarifas para trazer a manufatura de volta aos EUA, alertando executivos europeus de que tarifas pesadas direcionariam bilhões de dólares para o tesouro americano.

Por outro lado, Trump elogiou seu relacionamento com o líder chinês Xi Jinping, criticando a administração Biden pela deterioração das relações entre os dois países e expressando esperança de que a China possa ajudar a resolver a guerra na Ucrânia, já que possui "muito poder sobre a situação".

Trump descreveu sua relação com Xi como "muito boa", destacando a busca por um acordo comercial mais justo entre os países. Contudo, ele alertou que a atual relação é "injusta", citando o grande déficit comercial dos EUA com a China.

A pressão de Trump sobre a Opep e os bancos centrais pode moldar significativamente a política econômica mundial, particularmente em tempos de incerteza geopolítica e crises energéticas. O que isso significa para os preços do petróleo e as taxas de juros no futuro? Fique ligado!