O ex-presidente Donald Trump fez declarações contundentes sobre a sua política comercial em relação à China e à União Europeia, reiterando sua postura protecionista. Em uma conversa com repórteres a bordo do Air Force One, Trump enfatizou que não tem interesse em revisar as tarifas impostas a menos que as nações se comprometam a enfrentarem o ‘problema do déficit’ comercial que os EUA acumulam com o gigante asiático. Ele reiterou a necessidade de os mercados chineses abrirem-se para produtos americanos e mencionou a enorme perda anual que os Estados Unidos enfrentam, que se aproxima da impressionante cifra de um trilhão de dólares.

"Precisamos resolver nosso déficit comercial com a China, estamos falando de perdas que podem ultrapassar centenas de bilhões de dólares por ano. A menos que isso seja abordado, não estarei fechando acordos”, afirmou Trump, indicando que está aberto a negociações desde que a China também tome medidas para reduzir seu superávit comercial.

Recentemente, a Casa Branca anunciou novas tarifas, que resultaram em uma sobretaxa de 34% em produtos chineses nos EUA. A resposta da China foi imediata, aplicando tarifas equivalentes sobre produtos americanos. Além disso, o governo de Xi Jinping indicou que está considerando reduzir custos de empréstimos e exigências de reservas para proteger sua economia diante dessas flutuações comerciais.

A repercussão das tarifas foi significativa e especialistas, como economistas do JPMorgan, apontam que o risco de uma recessão global aumentou para 60% neste ano. Essa situação gera apreensão entre investidores e analistas sobre o impacto que uma escalada nas tarifas pode ter nas economias global e nacional.

Trump também mencionou, de maneira inusitada, a tarifa imposta à ilha de Saint-Pierre e Miquelon, que se tornou o país mais taxado por sua administração, gerando curiosidade e risadas entre os repórteres. O ex-presidente afirmou: "Eles têm que pagar tarifas, caso contrário, o superávit que possuem conosco é insustentável. Não podemos continuar perdendo um trilhão de dólares em troca de lápis da China". Essa declaração, que pode parecer absurda, ilustra a intensidade da luta comercial em curso e as táticas de negociação de Trump, que continuam a ressoar no cenário político e econômico.