A administração Trump tomou uma decisão polêmica: a Casa Branca ordenou que várias agências do governo desenvolvessem planos para barrar o crescimento da indústria de energia eólica offshore, que o presidente descreveu como feia, cara e ineficiente.

Sob a liderança de Susie Wiles e Stephen Miller, essa iniciativa envolve até mesmo agências que nunca lidaram diretamente com projetos eólicos. O Departamento de Saúde, por exemplo, está avaliando se as turbinas eólicas emitem campos eletromagnéticos prejudiciais à saúde, enquanto o Departamento de Defesa investiga potenciais ameaças à segurança nacional.

Recentemente, Robert F. Kennedy Jr., secretário de Saúde, se uniu a outros secretários do governo para formar uma 'equipe de coalizão departamental' voltada para identificar riscos associados às fazendas eólicas.

Além disso, Sean Duffy, o secretário de Transportes, cortou quase US$ 679 milhões em financiamento federal para melhorar terminais e portos que apoiariam a infraestrutura necessária para as turbinas offshore.

A porta-voz da Casa Branca, Anna Kelly, afirmou que as agências estão, na verdade, seguindo uma ordem executiva de janeiro que pedia uma revisão rigorosa de projetos eólicos tanto em terra quanto em águas federais.

No entanto, a administração Trump já havia interrompido a construção de um parque eólico avaliado em US$ 4 bilhões, o Revolution Wind, que estava 80% concluído, citando preocupações de segurança nacional, mas sem explicar claramente quais eram esses riscos.

Doug Burgum, secretário do Interior, mencionou preocupações sobre radares e drones submersos que poderiam se tornar uma ameaça, mesmo sem a presença de submarinos inimigos.

Especialistas demonstram perplexidade ante esses argumentos, uma vez que, por lei, os projetos eólicos já passam por um rigoroso processo de revisão pelo Departamento de Defesa.

Em um movimento de protesto, os governadores democratas de Connecticut, Massachusetts, New Jersey, Nova York e Rhode Island assinaram uma carta expressando sua preocupação de que revogar permissões para as fazendas eólicas poderia desestabilizar projetos de energia essenciais.