247 – O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou suas críticas ao presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, devido a um impasse sobre um acordo envolvendo minérios raros. De acordo com a agência Reuters, Trump acusou Zelensky de tentar renegociar o último proposta dos Estados Unidos, que é considerada muito mais rigorosa que a versão anterior.

Durante uma conversa com jornalistas a bordo do Air Force One, Trump afirmou: “Zelensky está tentando sair do acordo sobre os minérios raros, e se ele fizer isso, terá grandes problemas”. Ele ainda enfatizou que um acordo já havia sido estabelecido e que agora Zelensky estava buscando mudanças, o que poderia resultar em sérias consequências.

O novo acordo proposto pelos EUA inclui a recuperação de toda a ajuda financeira fornecida à Ucrânia desde o agravamento do conflito com a Rússia, que já somam mais de US$ 123 bilhões, embora Trump argumente que o gasto real tenha ultrapassado US$ 300 bilhões. Além disso, a nova proposta estabelece uma taxa de juros anual de 4% sobre o montante total antes que Kiev possa acessar qualquer lucro proveniente do fundo comum de extração mineral.

Trump tem sido enfático em sua demanda para que a Ucrânia pague essa dívida através da exploração de seus recursos minerais, em especial os minérios raros, que são cruciais para tecnologias modernas. Este tema tem sido um ponto central em sua abordagem sobre financiamento e ajuda à guerra.

O primeiro esboço do acordo, que era mais favorável a Zelensky, foi retirado após um desentendimento público entre os dois líderes durante uma reunião no Salão Oval. Essa tensão culminou na suspensão temporária de toda a ajuda militar e do compartilhamento de informações entre os países. Após o impasse, Zelensky demonstrou uma disposição para retomar as negociações, mas ressaltou que “a Ucrânia não deve nada” aos EUA.

Durante suas declarações, Trump também reafirmou sua oposição à entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), afirmando que, apesar do desejo de Zelensky, ele “nunca será um membro da Otan” e que o presidente ucraniano já tem ciência disso.

O endurecimento da postura americana em relação à Ucrânia pode ter um efeito drástico nas dinâmicas do conflito e na aliança ocidental com Kiev. A pressão por compensações financeiras e o uso de minérios como forma de negociação revelam a fragilidade da relação entre os dois países, que é exacerbada por interesses estratégicos e econômicos em disputa.

Com a eleição presidencial se aproximando nos Estados Unidos e o conflito ainda sem fim no Leste Europeu, o futuro da aliança entre Washington e Kiev é incerto, e cada declaração de Trump parece aumentar ainda mais a tensão nessa relação que já é complexa. Fiquem atentos, pois os desdobramentos podem impactar não apenas a Ucrânia, mas toda a dinâmica geopolítica mundial!