Trump Está Apenas Fazendo Teatro: A Verdade Sobre o Canal do Panamá!
2024-12-26
Autor: Maria
Recentemente, Donald Trump fez uma declaração provocativa: “Feliz Natal a todos, incluindo os maravilhosos soldados chineses que operam com amor, mas ilegalmente, o Canal do Panamá.” Esta fala, repleta de ironia, evidencia o estilo inusitado do presidente eleito que, após conquistar uma vitória eleitoral surpreendente, tem aproveitado cada oportunidade para provocá-los.
De acordo com analistas, a afirmação de Trump sobre o Panamá é uma manobra teatral, refletindo sua abordagem ousada e provocadora ao lidar com assuntos geopoliticamente sensíveis. Embora a mídia tenha amplificado suas provocações, como a ideia de incorporar o Canadá ou adquirir a Groenlândia, a realidade é que tais eventos são improváveis.
Trump destaca que o Canal do Panamá deveria ser administrado pelo Panamá e não pela China. Na sua visão, o canal, que conecta os oceanos Atlântico e Pacífico, é um ativo crucial para os Estados Unidos, tanto econômica quanto estrategicamente. Em sua crítica, ele menciona que as taxas cobradas pelo Panamá são excessivas, especialmente considerando a ajuda histórica dada pelos EUA ao país.
A travessia do canal, especialmente em tempo de seca, pode ser extremamente cara. O custo de passagem, que pode ultrapassar os 400 mil dólares, varia conforme o peso da carga. Além disso, o processo de leilão para passagens prioritárias aumenta ainda mais a competitividade e pressão em torno do uso do canal.
A realidade é que os EUA, por décadas, têm negligenciado seus interesses na América Latina, permitindo à China expandir sua influência na região. Projeções mostram que a construção de infraestrutura por parte da China em países como Panamá e Peru representa uma estratégia clara para aumentar seu controle comercial e geopolítico.
A história do Canal do Panamá é marcada por complexidades. Projetado e construído pelos Estados Unidos no início do século XX, o canal foi devolvido ao Panamá em 1977 após um longo e polêmico processo que refletia a luta entre imperialismo e soberania.
A decadência do controle americano sobre o canal facilitou a ascensão de regimes corruptos e a influência de líderes populistas, levando a uma nova onda de desconfiança e teorias da conspiração a respeito das verdadeiras motivações por trás dessa transição.
Considerando um cenário de conflito entre EUA e China, o Canal do Panamá certamente seria um ponto estratégico de interesse. No entanto, a retórica de Trump sem ações concretas pode resultar em uma perda ainda maior de influência na região.
Com o novo governo brasileiro, liderado pelo presidente de direita José Raúl Molino, os EUA poderiam ter um aliado importante em questões relacionadas à Venezuela e outras preocupações geopolíticas. O escolhido para o cargo de Secretário de Estado, Marco Rubio, famoso por suas raízes cubanas, tornou-se um defensor ativo de políticas que visam conter a influência chinesa na América Latina.
A tarefa de reverter a crescente influência da China na América Latina parece monumental, com o país asiático atraindo governos de diferentes orientações políticas ao redor do mundo com projetos de infraestrutura ambiciosos, enquanto os EUA parecem estar em desvantagem.
No final das contas, é crucial diferenciar entre a teatralidade da política e os desafios reais que a diplomacia e o comércio internacional impõem. Trump pode estar aproveitando das manchetes, mas a realidade no Panamá e na América Latina é muito mais complexa.