Trump e Putin se reúnem em meio a tensões, enquanto Biden luta para manter apoio à Ucrânia
2024-11-11
Autor: Maria
Recentemente, o ex-presidente Donald Trump (Partido Republicano) estabeleceu uma conversa com o presidente russo Vladimir Putin, durante a qual aconselhou o líder russo a conter a escalada da guerra na Ucrânia. As informações, que surgiram através da agência de notícias Reuters, acontecem em um momento crítico, já que Joe Biden (Partido Democrata) trabalha para garantir que o apoio dos EUA à Ucrânia não diminua após o final de seu mandato.
Trump também dialogou com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky (Servo do Povo) na quarta-feira, 6 de novembro de 2024, e criticou a proposta de ajuda militar e financeira dos Estados Unidos destinada a Kiev. Em uma declaração impactante, Trump prometeu um término rápido do conflito, mas não especificou como isso poderia ser realizado. Em resposta, Zelensky expressou preocupação de que uma resolução rápida poderia significar grandes concessões para a Ucrânia.
"Se for apenas em busca de rapidez, significa perdas para a Ucrânia. Não consigo entender como isso poderia ocorrer de outro modo. Talvez haja fatores que não conhecemos ou não vemos", disse Zelensky a repórteres. Ele continuou: "Acredito que o presidente Trump realmente deseja uma resolução rápida. Contudo, querer isso não significa que acontecerá. Estou falando isso sem censura, apenas reconhecendo onde estamos".
Donald Trump venceu recentemente a eleição presidencial contra Kamala Harris (Partido Democrata) e deve tomar posse em 20 de janeiro. Biden, por sua vez, convidou Trump para uma reunião no Salão Oval, como anunciado pela Casa Branca.
O conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, revelou que a prioridade de Biden na reunião com Trump será assegurar uma transição pacífica entre os governos, além de discutir questões relacionadas ao Oriente Médio, Europa e Ásia. "O presidente Biden terá a chance, nos próximos 70 dias, de argumentar no Congresso e junto ao novo governo que os Estados Unidos não devem abandonar a Ucrânia. Abandoná-la significaria mais instabilidade na Europa", afirmou Sullivan à CBS.
Na última segunda-feira, 11 de novembro, o ministro da Defesa do Reino Unido, John Healey, expressou a esperança de que o governo de Trump mantenha o compromisso com a Ucrânia e a OTAN. "Em relação ao presidente Trump, ele reconhece que os países obtêm segurança por meio da força, conforme demonstrado por alianças como a OTAN. Espero que os EUA continuem ao lado de aliados como o Reino Unido, apoiando a Ucrânia pelo tempo que for necessário para superar a invasão de Putin", declarou Healey.
O cenário global permanece tenso, e muitos se perguntam como a nova administração será moldada nos próximos meses. Atentos a essas mudanças, analistas políticos e líderes mundiais aguardam os desdobramentos dessa nova dinâmica internacional.