A tensão entre os Estados Unidos e a Venezuela atingiu novos níveis alarmantes na última sexta-feira (5). Após um incidente em que caças venezuelanos armados sobrevoaram um destróier americano no Caribe, o presidente Donald Trump ordenou o envio imediato de 10 jatos F-35 para a região.

O ambiente já estava fervendo, especialmente após os militares dos EUA bombardearam um barco no Caribe, alegando que a embarcação, ligada à gangue venezuelana Tren de Aragua, estava transportando drogas. Trump, em um tom contundente, acusou Nicolás Maduro de estar por trás dessa gangue, responsabilizando-o por uma série de crimes, incluindo assassinatos em massa e tráfico de drogas.

A Chronologia da Crise: Como Chegamos Até Aqui?

A rivalidade entre Trump e Maduro não é recente. Desde o governo de Hugo Chávez, a relação já era tensa. Trump, em 2017, mencionou a possibilidade de uma "opção militar" e, em janeiro de 2019, as relações diplomáticas foram rompidas quando Juan Guaidó se autoproclamou presidente interino.

Em março de 2020, os EUA acusaram Maduro formalmente de narcoterrorismo e ofereceram uma recompensa de US$ 15 milhões por informações que levassem à sua captura. Desde então, a tensão cresceu à medida que os Estados Unidos dobraram a recompensa, elevando para US$ 50 milhões este ano.

A Reação de Maduro: Preparo para a Guerra!

Enquanto isso, o governo venezuelano responde com bravata. Nicolás Maduro mandou mobilizar 4,5 milhões de milicianos em resposta ao que classificou como "ameaças" dos EUA. Em discursos, ele aparece de uniforme militar, prometendo defender a soberania da Venezuela contra uma suposta "guerra psicológica".

No final de agosto, Maduro protestou junto à ONU contra a presença militar americana no Caribe, chamando a situação de "ameaça gravíssima".

Um Cenário de Conflito em Potencial

Recentemente, um ataque aéreo dos EUA resultou na morte de 11 pessoas e demonstrou a disposição de Trump em intensificar as ações contra o narcotráfico na região. Aliado a isso, o envio dos caças F-35 está previsto para reforçar operações já em andamento contra organizações que o governo dos EUA considera terroristas.

Com os ânimos acirrados e as forças militares se posicionando em lados opostos, muitos se perguntam: será que o confronto é uma questão de tempo? Estaremos diante de uma nova guerra na América Latina ou a diplomacia ainda encontrará uma saída?

A situação permanece volátil, e a comunidade internacional observa atentamente o desenvolvimento dessa crise, que pode desdobrar-se em um conflito de proporções imprevisíveis.