O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez um anúncio bombástico ao assinar um decreto permitindo que o país se retire da Organização Mundial da Saúde (OMS). A decisão foi anunciada em cerimônia na Casa Branca e foi recebida com fortes reações. Trump criticou a OMS, alegando que a organização não só falhou em sua resposta à pandemia de covid-19, como também prejudicou os interesses dos EUA ao supostamente favorecer a China.

Ele afirmou que "a OMS nos roubou" e destacou que os Estados Unidos são o maior contribuinte para a instituição, com sede em Genebra, proporcionando um financiamento vital para diversas operações. Especialistas já alertam que a saída dos EUA da OMS pode levar a uma reestruturação significativa dentro da organização e causar sérias interrupções em iniciativas de saúde global que beneficiam milhões de pessoas.

Além disso, a administração Trump ordenou que as agências federais suspendam futuras transferências de fundos e recursos para a OMS e recomendou a busca por novos parceiros de confiança para lidar com as questões de saúde pública que anteriormente eram de responsabilidade da entidade. Essa decisão também inclui um plano para revisar a estratégia de saúde global proposta pela administração Biden, que visava intensificar a resposta a ameaças de doenças infecciosas.

Durante seu primeiro mandato, Trump já havia iniciado a retirada da OMS, argumentando que a organização estava sob a forte influência da China durante os momentos críticos da pandemia. Tom Frieden, ex-diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), criticou a decisão, afirmando que isso poderia aumentar a vulnerabilidade do país e enfraquecer sua influência global, especialmente em um momento crítico de surto de gripe aviária nos EUA.

Os especialistas apontam que, ao se afastar da OMS, o país perderá acesso a dados essenciais sobre vigilância epidemiológica, o que pode comprometer os esforços de prevenção de possíveis pandemias no futuro. Em um alerta contundente, Lawrence Gostin, um renomado especialista em saúde pública, afirmou que a saída da OMS fará com que os EUA fiquem "no fim da fila" para vacinas, atrasando o acesso a tratamentos vitais e colocando em risco a segurança e a saúde pública da população.

Com a crescente preocupação sobre o potencial para novas pandemias, a decisão de Trump de se afastar da OMS irá ressoar por muito tempo, criando incertezas sobre o futuro da saúde pública nos EUA. O mundo observa atentamente como essa mudança impactará as relações internacionais e a capacidade dos Estados Unidos de responder a crises de saúde global.