Trump confirma saída dos EUA do Acordo de Paris; entenda os impactos devastadores para o meio ambiente
2025-01-20
Autor: João
Introdução
Donald Trump, o controverso presidente dos Estados Unidos, reafirmou sua intenção de retirar o país do Acordo de Paris, um dos principais pactos globais de combate às mudanças climáticas, durante um discurso emocionado para cerca de 20 mil seguidores em Washington. A assinatura do decreto ocorreu na noite desta segunda-feira (20), marcando um retorno a uma política que já havia implementado em seu primeiro mandato, caracterizada por uma postura avessa a regulamentos ambientais.
Contexto da Retirada
Durante seu mandato anterior, de 2017 a 2021, Trump já havia alegado que o Acordo de Paris prejudicava a economia americana, favorecendo nações como China e Índia. Agora, com a nova decisão, os Estados Unidos se juntarão a países como Irã, Líbia e Iémen como os únicos fora do acordo criado em 2015.
Objetivos do Acordo de Paris
O Acordo de Paris, assinado por quase 200 países, visa limitar o aquecimento global a menos de 2 graus Celsius até o final do século. No entanto, em 2022, a temperatura média global ultrapassou alarmantes 1,6 graus Celsius em relação aos níveis pré-industriais, o que acende ainda mais o sinal de alerta sobre as consequências devastadoras das mudanças climáticas.
Implicações da Decisão
Especialistas e ambientalistas estão preocupados com a flexibilização das regulações ambientais que Trump prometeu. Como maior economia do mundo e segunda maior emissora de gases de efeito estufa, a decisão dos EUA de se retirar do acordo terá implicações diretas e significativas na luta global contra as mudanças climáticas.
Consequências para Negociações Internacionais
Claudio Angelo, coordenador de política internacional do Observatório do Clima, enfatiza os riscos: "Os Estados Unidos não apenas poderão interferir nas negociações internacionais, mas sua saída também pode incentivar outros países a saírem, enfraquecendo ainda mais os esforços globais".
Histórico de Políticas Ambientais
Recuos históricos nas políticas ambientais marcaram o governo Trump. No total, mais de 100 regras ambientais foram revogadas, resultando em um aumento nas emissões de gases de efeito estufa, que estavam em queda durante o governo Obama. A pesquisa aponta que, em apenas três anos do governo Trump, as emissões voltaram a crescer.
Mudanças Planejadas pela Nova Administração
Além da revogação do Acordo de Paris, Trump pretende também revogar as políticas de Joe Biden voltadas para a eletrificação dos veículos, aumentar a produção de energia nuclear e liberar projetos de geração de energia, priorizando, assim, a exploração de combustíveis fósseis.
Retrocesso nas Ações Climáticas
Essa nova administração representa um retrocesso significativo na agenda climática, segundo especialistas. Adriana Ramos, do Instituto Socioambiental (ISA), afirma que Trump pode atrasar em até quatro anos os esforços para enfrentar a emergência climática global.
Impactos nas Relações Internacionais
Ainda, há preocupações de que a relação entre Brasil e Estados Unidos seja impactada. O Fundo Amazônia, por exemplo, poderá sofrer com essa nova fase do governo Trump, visto que a promessa de 500 milhões de dólares dos EUA para iniciativas ambientais até agora não foi cumprida.
Consequências Globais
O cenário é alarmante. A falta de compromisso dos Estados Unidos pode inviabilizar negociações cruciais na COP do Brasil, o que levaria a um colapso nas ações globais para contenção das mudanças climáticas. O novo governo de Trump, com seu desdém pela ciência e pela urgência climática, põe em risco não apenas o futuro do próprio país, mas o futuro do planeta.
Reflexões Finais
Como será o mundo sem a liderança dos EUA no enfrentamento das mudanças climáticas? E quais serão os efeitos dessa decisão nas futuras gerações?