Trump: Com Apresentador de TV na Defesa e Elon Musk na Eficiência, O Que Esperar do Novo Governo?
2024-11-13
Autor: Mariana
Uma semana após a vitória do republicano Donald Trump nas eleições nos Estados Unidos, os contornos de seu próximo governo começam a se formar de maneira mais clara e estruturada.
Trump anunciou uma série de indicações importantes, dando os primeiros passos para compor sua equipe na Casa Branca e os principais departamentos do governo. O presidente eleito enfatizou sua prioridade em áreas como imigração e política externa, prometendo um governo mais focado e eficiente no próximo mandato.
Um dos aspectos mais notáveis é a formação de uma equipe de imigração com posturas rígidas. O conselheiro Stephen Miller, uma figura chave no desenvolvimento das políticas de imigração mais severas durante o primeiro mandato de Trump, foi escolhido como vice-chefe de gabinete da Casa Branca para políticas. Outro nome significativo é Thomas Homan, ex-diretor interino da Agência de Imigração e Fiscalização Aduaneira, que volta agora como 'czar da imigração', prometendo liderar uma força de deportação robusta, com a meta de deportar milhões de imigrantes indocumentados.
Um detalhe polêmico é a declaração de Trump sobre o custo das deportações, afirmando que isso 'não tem preço', o que gerou críticas em relação ao impacto financeiro que essa política poderia trazer para o país.
Em relação à política externa, Trump está cercando-se de críticos ferrenhos da China. O congressista Mike Waltz, um coronel aposentado do Exército, foi nomeado como conselheiro de Segurança Nacional e está alinhado com a visão de que os EUA estão em uma 'guerra fria' com a China. A escolha de Trump para ocupar a Embaixada dos EUA na ONU, a congressista Elise Stefanik, também sugere uma abordagem agressiva contra Pequim, especialmente após acusações de interferência eleitoral chinesa.
Em um movimento ousado, Elon Musk foi designado para liderar um 'departamento de eficiência governamental' ao lado do ex-candidato presidencial Vivek Ramaswamy, visando identificar novos cortes orçamentários. Musk está ativo na transição e, segundo rumores, está aconselhando Trump sobre nomeações para o gabinete e participou de discussões com líderes internacionais.
A relação entre o novo governo e o Congresso será crucial. Trump, agora com o controle do Senado e possivelmente da Câmara, parece mais inclinado a usar o poder presidencial do que a busca de colaborações legislativas. Recentemente, ele sugeriu que a liderança republicana facilitasse mais 'nomeações de recesso' para preencher cargos sem a necessidade de aprovação do Senado, o que poderia fortalecer seu controle sobre a administração, mas também poderia limitar a influência do Legislativo.
Por fim, Trump está claramente interessado em recompensar seus leais. Com uma variedade de candidatos disponíveis, muitos deles aliados de longa data, ele está moldando um governo que pode se desviar das alianças tradicionais em busca de um desempenho mais coeso e leal. Na corrida pela Casa Branca, esses laços podem ser cruciais, dada a necessidade de estabilidade em um ambiente político cada vez mais fragmentado. Neste novo capítulo político, os próximos passos de Trump certamente serão observados de perto e com grande expectativa.