Neste último domingo, 6 de agosto, o presidente Donald Trump fez declarações polêmicas que podem redefinir as relações comerciais globais. Ele afirmou que não pretende reverter a imposição de tarifas de importação para a maioria dos países, a menos que esses países busquem equilibrar seu comércio com os Estados Unidos. Com as tarifas mais altas programadas para entrarem em vigor nesta quarta-feira, 9, uma nova era de incerteza econômica está prestes a começar, e ninguém sabe ao certo quais serão suas consequências.

Durante uma entrevista a bordo do Air Force One, Trump reafirmou sua estratégia, que provocou volatilidade nos mercados financeiros e gerou preocupações sobre uma possível recessão global. Ele declarou que a queda das bolsas não é uma consequência desejada, mas, mesmo assim, não demonstrou preocupação com a grande venda de ativos, afirmando que “às vezes, você precisa tomar um remédio para consertar algo”. Essa analogia com um “remédio” por si só já está causando polêmica entre economistas e líderes financeiros, que questionam os impactos de suas políticas.

Os mercados de ações nos Estados Unidos reagiram negativamente durante a noite de domingo, com futuros do S&P 500 despencando 2,5% e os futuros do Dow Jones Industrial Average caindo 2,1%. A situação está tão alarmante que o Nasdaq viu uma redução de 3,1%. Para complicar ainda mais, o valor do bitcoin, que havia se mantenha estável na semana anterior, teve uma queda de quase 6%.

Em um panorama mais amplo, as ações asiáticas também sofreram derrapagens significativas, com o índice Nikkei 225 de Tóquio perdendo quase 8% logo após a abertura do mercado, e uma queda de 6% ao meio-dia. As atividades dos futuros do Topix foram temporariamente interrompidas em razão da abrupta queda, refletindo o nervosismo dos investidores diante das incertezas econômicas.

Além disso, os mercados na China não ficaram imunes, apresentando quedas que preocupam ainda mais analistas financeiros.

Trump mencionou ter mantido conversas com “muitos líderes, europeus e asiáticos, de todo o mundo”. Ele diagnosticou que esses líderes estão ânciosos para chegar a um acordo, mas, em sua postura firme, deixou claro que não está disposto a abrir mão das tarifas. “Nada disso, porque para mim um déficit é uma perda. Nós teremos superávits ou, na pior das hipóteses, empatamos”, completou. O que estará por vir? As reações do mercado devem continuar a ser voláteis nestes próximos dias. Fique atento!