Em um movimento inesperado, Donald Trump, o presidente eleito dos Estados Unidos, surpreendeu o público ao compartilhar um vídeo polêmico que critica o premiê israelense Benjamin Netanyahu. A postagem foi feita nesta quarta-feira (8) em suas redes sociais e levanta questões sobre o futuro do apoio dos EUA a Israel sob sua administração.

O vídeo apresenta o economista Jeffrey Sachs, que não hesita em usar palavras duras ao se referir a Netanyahu, chamando-o de "filho da p***". Sachs argumenta que o premiê israelense tem manipulado a política dos EUA, pressionando o país a adotar uma postura agressiva contra o Irã. Ele afirma que Netanyahu acredita que derrotar o Irã é a chave para eliminar grupos militantes como o Hamas e o Hezbollah.

"De onde veio essa guerra? É surpreendente. Essa guerra veio de Netanyahu, na verdade", declara Sachs, sugerindo que as tensões regionais não são apenas resultado de questões locais, mas sim uma agenda estratégica liderada por Netanyahu ao longo de décadas.

O economista menciona que o primeiro-ministro tem uma visão distorcida desde 1995, onde acredita que a única solução para erradicar Hamas e Hezbollah é desmantelar os governos que os apóiam, como os do Iraque, Síria e Irã. "Ele é obsessivo, e ainda está tentando nos fazer lutar contra o Irã até hoje", reclama Sachs, reforçando que a influência de Netanyahu na política externa dos EUA é uma preocupação crescente.

A crítica de Trump e o descontentamento manifestado por Sachs vêm em um momento crucial, onde muitos especialistas discutem as implicações desse novo posicionamento dos EUA sobre o Oriente Médio. Essa mudança pode sinalizar um desvio da tradicional política de apoio incondicional a Israel e abrir espaço para diálogos mais equilibrados entre as nações envolvidas, pontuando a crescente insatisfação em diversas frentes sobre como os conflitos na região vêm sendo geridos.

Essa movimentação também levanta a pergunta: como isso afetará as relações EUA-Israel e a dinâmica nas negociações de paz? Um novo capítulo pode estar se formando, e o mundo observa atentamente.