Após ser eleito presidente dos Estados Unidos na quinta-feira (6), Donald Trump está se preparando para redefinir a política externa norte-americana a partir de 2025. Especialistas indicam que suas decisões em relação a conflitos internacionais, particularmente no Oriente Médio e na Europa, serão marcadas por uma abordagem distinta em comparação com a administração anterior de Joe Biden.

Em uma análise feita pela professora Maristela Basso, especialista em direito internacional da USP (Universidade de São Paulo), Trump é visto como um "parceiro sem censuras" de Israel. Essa visão se distancia totalmente da postura de Biden, que adotou uma abordagem mais crítica em relação ao governo de Benjamin Netanyahu e ao tratamento dado aos palestinos. A expectativa é que Trump reforce o apoio militar e financeiro a Israel, promovendo uma aliança ainda mais forte entre os dois aliados.

Por outro lado, a professora Basso expressou preocupações sobre a relação do novo presidente com a Ucrânia. Trump tende a se afastar do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e das instituições da OTAN, o que poderá oferecer uma vantagem à Rússia no conflito em andamento. Essa mudança poderia ter reações significativas não apenas na Europa, mas também em outras partes do mundo, afetando a dinâmica de segurança global.

A política internacional sob Trump levanta muitas questões sobre como os EUA irão se posicionar em relação a regimes autocráticos e os tipos de parcerias que irão priorizar. Observadores globais estarão acompanhando de perto as mudanças que o ex-presidente pode implementar e como isso afetará a geopolítica mundial nos próximos anos.