O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma declaração impactante ao ameaçar reaver o controle do Canal do Panamá, criticando o país por supostamente impor taxas excessivas sobre a passagem de navios. Em uma postagem no Truth Social, Trump afirmou que as tarifas cobradas são 'ridículas' e citou a 'generosidade extraordinária' que os Estados Unidos ofereceram ao Panamá, referindo-se à histórica administração do canal.

Trump destacou que os Estados Unidos são o 'usuário número 1' do canal, representando mais de 70% do tráfego de embarcações, e mencionou o 'custo enorme' que a construção do canal teve para o país em 'vidas e tesouros'. Além disso, ele criticou o ex-presidente Jimmy Carter por ter cedido o controle do canal ao Panamá 'de graça', prometendo que não permitirá que a gestão do canal caia em 'mãos erradas', referindo-se à crescente influência da China na região.

Recentemente, eventos no cenário internacional aumentaram as tensões, especialmente após o cancelamento de um projeto da Nicarágua para construir um canal rival, financiado por investimentos chineses. Esse fato levanta questões sobre geopolítica, segurança e economia na relação entre os Estados Unidos e seus vizinhos da América Central.

O Canal do Panamá, uma obra monumental de engenharia, começou a ser construído em 1880 pela França, mas devido à complexidade do projeto e à alta mortalidade dos trabalhadores, a obra foi interrompida. Em 1904, os Estados Unidos retomaram a construção e o canal foi inaugurado em 1914, permanecendo sob controle americano até o final do século XX.

A transferência de gestão, estabelecida pelos tratados Torrijos-Carter em 1977, gerou descontentamento entre os panamenhos e manifestações contra a presença americana no canal. Finalmente, em 31 de dezembro de 1999, o Panamá assumiu totalmente a administração do Canal, que hoje é uma das principais rotas marítimas do mundo.

Se Trump realmente seguir em frente com suas ameaças e reavi o controle do canal, isso poderia desencadear uma nova onda de tensões entre os Estados Unidos e o Panamá, além de ter repercussões significativas na política internacional. O que o futuro reserva para essa vital rota comercial? Fique atento!