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Trump adia tarifas sobre importações para fevereiro e provoca reações no mercado

2025-01-21

Autor: Gabriel

Em uma reviravolta inesperada, Donald Trump decidiu adiar a definição sobre a imposição de tarifas sobre importações, que estava programada para entrar em vigor em 1º de janeiro, agora, a decisão foi prorrogada para fevereiro. O ex-presidente calcula "enormes quantias" de receitas provenientes do exterior e reafirma sua intenção de reestruturar a indústria norte-americana, prometendo tornar os EUA "uma nação manufatureira novamente".

As tarifas, que inicialmente variariam entre 10% a 20% sobre todas as importações, atingiriam até 60% para produtos especificamente oriundos da China, em um esforço para reduzir o deficit comercial que ultrapassa US$ 1 trilhão anualmente. O atraso na implementação dessas taxas gerou reações mistas, com analistas apontando que a medida pode ser uma tentativa de Trump de evitar uma repercussão negativa nas eleições de 2024, onde ele é um candidato em potencial.

De acordo com o jornal The Wall Street Journal e a emissora NBC, o presidente fará uma solicitação às agências federais para realizar análises detalhadas das políticas comerciais atuais. A ideia é revisar tarifas e acordos comerciais, visando alinhar estratégias que beneficiem a indústria local, mas também protejam o consumidor.

A tarifa sobre as importações é geralmente paga pelos importadores, o que, em última análise, pode impactar o preço final dos produtos. Essa é uma das razões que levaram à suspensão temporária, uma vez que a imprensa norte-americana questiona se essa é a melhor abordagem em um momento tão delicado da economia. Além disso, o governo está considerando a criação de um Serviço de Receita Externa para facilitar a coleta das receitas tarifárias.

No campo da energia, Donald Trump também anunciou medidas drásticas. Em uma reunião no Salão Oval, ele assinou uma declaração de emergência energética, argumentando que um aumento na produção de petróleo poderia ajudar a controlar os custos de combustível e eletricidade. Embora os Estados Unidos não estejam enfrentando uma crise energética imediata, as ações visam conter a inflação e baixar os preços dos bens e serviços, com ênfase na exploração do potencial do Alasca.

Uma plataforma energética vigorosa também seria crucial para competir com a China em campos tecnológicos que exigem grandes quantidades de energia, como inteligência artificial. Além disso, Trump sugeriu que a administração Biden havia prejudicado suas políticas anteriores, prometendo uma recuperação no "domínio energético" americano.

Por outro lado, as promessas de agir contra a imigração ilegal e declarar uma emergência nacional na fronteira sul também levantaram questões. Empresas em setores críticos expressaram preocupação, pois a escassez de mão de obra poderia prejudicar a produção industrial interna. Com o mercado aguardando ansiosamente por mais clareza sobre as novas políticas, a situação promete ser um tema quente no futuro próximo.