Treine seu cérebro para emagrecer: a nova abordagem que está revolucionando a dieta
2025-01-11
Autor: João
A ideia de parar de se preocupar com dietas restritivas não significa que você desista de ter um corpo saudável. De acordo com especialistas, a verdadeira mudança começa na mente, não na balança. O famoso bilionário Bryan Johnson, que fez headlines recentemente ao tentar reverter o envelhecimento, desistiu de seu 'protocolo agressivo', uma prova de que muitas promessas de mudanças drásticas podem ser insustentáveis.
Este novo enfoque propõe uma conscientização sobre como comemos, como aceitamos os alimentos que adoramos e como podemos treinar nossa mente para remodelar nossos hábitos alimentares sem precisar contar calorias, eliminar comidas favoritas ou se submeter a dietas rigorosas.
Judson Brewer, professor da Universidade Brown e especialista em ciência comportamental, ressalta que "os paradigmas em torno da força de vontade não funcionam". Todavia, ele acredita que ao entender como nossa mente opera, podemos encontrar alternativas mais saudáveis.
Comida Não é Inimiga: O Perigo das Dietas Restritivas
Com a chegada do verão e os incessantes anúncios de novos planos de emagrecimento, é fácil voltar a acabar em dietas que não funcionam. Traci Mann da Universidade de Minnesota aponta que as dietas não apenas falham em proporcionar resultados duradouros, mas podem também prejudicar a saúde, afetando memória e criando hábitos alimentares obsessivos.
Dieta restritiva não é apenas um jogo perigoso; é uma armadilha que pode conduzir a um ciclo vicioso de ganho de peso. Os estudos revelam que enquanto o corpo está em uma dieta, ele muda sua forma de resposta aos alimentos, prejudicando o metabolismo e dificultando a perda de peso a longo prazo.
Reconhecendo Seus Hábitos e Quebrando Ciclos
Brewer desenvolveu um aplicativo chamado Eat Right Now, criando um espaço que usa práticas de mindfulness para ajudar a modificar a forma como nos relacionamos com a comida. Um dos estudos realizados mostrou que praticantes de mindfulness reduziram a alimentação impulsiva em até 40%.
Muitas vezes, os ciclos de hábitos alimentares começam com experiências que o cérebro associa a momentos positivos. Por exemplo, consumir sorvete durante celebrações transforma essa comida em um reconforto nas horas difíceis. Essa associação pode desencadear comportamentos automáticos, levando a comer quando estamos estressados ou entediados.
Mas a boa notícia? Você pode reprogramar sua mente. Brewer sugere que você se torne consciente de seus próprios hábitos, reconhecendo os gatilhos e as respostas emocionais que levam à alimentação impulsiva. O treinamento mindfulness permite que você desacelere e reflita sobre suas escolhas alimentares.
Experimente o 'Desafio da Alimentação Consciente'
Então, como você pode começar? Brewer recomenda um desafio simples: durante a sua próxima refeição, faça uma pausa para refletir sobre a fome. Avalie sua sensação de saciedade antes e durante a refeição. Este exercício de autoconsciência pode fazer uma grande diferença na sua relação com a comida.
O próximo passo é mapear seus hábitos alimentares. Identifique um comportamento que você gostaria de mudar, seja evitar lanches desnecessários ou reduzir a ingestão de fast-food. Ao você mapear os gatilhos que levam a esses comportamentos, você pode reconsiderar o quanto realmente ganha ao se entregar a eles.
Um olhar mais atento à sua relação com a comida, ajudará a atualizar sua percepção sobre o que te traz satisfação e pode ajudar você a estabelecer hábitos mais saudáveis e duradouros. Seja paciente, pois a mudança leva tempo. Os estudos indicam que são necessárias várias tentativas para remodelar comportamentos alimentares. Em suma, ao invés de lutar contra sua alimentação, trabalhe sua mentalidade e transformações acontecerão naturalmente.