Um membro da Mancha Alviverde, a principal torcida organizada do Palmeiras, foi indiciado pela polícia por envolvimento no assassinato de um torcedor do Cruzeiro e por atacar 17 outros torcedores da Màfia Azul em Mairiporã, grande São Paulo. O palmeirense Alekssander Ricardo Trancredi, de 31 anos, está preso temporariamente e enfrenta sérias acusações, incluindo homicídio, lesão corporal, dano e associação criminosa.

As autoridades abriram investigações após um ataque brutal que ocorreu no dia 27 de outubro, quando torcedores palmeirenses emboscaram dois ônibus da torcida do Cruzeiro na Rodovia Fernão Dias, resultando na morte de José Victor Miranda. A emboscada, que envolveu o uso de barras de ferro e rojões, deixou vários cruzeirenses gravemente feridos. Um ônibus foi incendiado e outro depredado durante a agressão.

Alekssander passou por uma audiência no Fórum Criminal da Barra Funda, onde a sua defesa pediu a liberdade provisória, mas a Justiça manteve sua prisão por mais 30 dias. Além de Alekssander, a Justiça está à procura de outros sete torcedores palmeirenses que supostamente participaram da ação, incluindo figuras de destaque na torcida, como o presidente Jorge Sampaio Santos e o vice-presidente Felipe Mattos dos Santos.

O advogado de Alekssander, Gilberto Quintanilha, comentou sobre a falta de acesso ao inquérito, destacando que a imprensa parece ter mais informações do que a defesa. A situação é alarmante, com uma clara acusação de que algumas torcidas agem como se fossem facções criminosas, o que levanta preocupações sobre a segurança nos eventos esportivos.

Recentemente, a Federação Paulista de Futebol anunciou que irá acatar as solicitações do Ministério Público e barrar a entrada de torcedores da Mancha Alviverde em estádios de futebol em todo o estado de São Paulo.

Os palmeirenses estavam em busca de vingança após um ataque ocorrido em 2022, onde o presidente da Mancha foi agredido. As investigações revelaram que miguelitos foram usados para furar pneus dos veículos da Màfia Azul, obrigando-os a parar e tornando-os alvos fáceis de ataque.

Em uma operação conjunta, a polícia apreendeu evidências, incluindo barras de ferro e objetos com manchas de sangue na sede da Mancha. A cultura da violência entre torcidas no Brasil é um problema crescente, e muitos pedem ações mais rigorosas para prevenir esses episódios trágicos no futuro.