O corpo do piloto Rodrigo Boer Machado, de 29 anos, desaparecido desde a última sexta-feira (20) no interior do Amazonas, foi encontrado na tarde desta quarta-feira (25) por equipes da Força Aérea Brasileira (FAB). A confirmação foi feita por familiares que estavam acompanhando a intensa busca nos dias anteriores.

Após cinco dias de buscas incessantes, os destroços da aeronave foram localizados em uma área de mata densa, a aproximadamente dois quilômetros da Comunidade Bom Jesus, em Manicoré (AM). Essa região de difícil acesso complicou ainda mais as operações de resgate.

Além do piloto Rodrigo, a FAB confirmou que havia outra vítima na aeronave, identificada como Breno Braga Leite. Os corpos foram encontrados no interior dos destroços, sugerindo que ambos perderam a vida imediatamente após a queda do avião.

Familiares de Rodrigo viajaram de São José do Rio Preto, em São Paulo, para ajudar nas buscas e agora estão organizando a liberação do corpo. O piloto será velado e sepultado em São Paulo, embora os detalhes sobre o enterro ainda não tenham sido divulgados.

A tragédia começou na semana passada, quando Rodrigo foi para o Amazonas a trabalho. Ele havia sido contratado para realizar um voo que partia de Porto Velho (RO) com destino a Manaus (AM). Na sexta-feira (20), antes de decolar, Rodrigo comunicou-se com sua mãe e forneceu a localização do voo. Porém, essa seria a última vez que os familiares conseguiram falar com ele, pois ele parou de responder posteriormente.

A última localização de GPS de Rodrigo mostrava que ele sobrevoava a região sudeste de Manicoré, cerca de 7 km da cidade, em uma área de mata. No sábado (21), a FAB deu início às buscas na região, que se mostraram desafiadoras. A aeronave, modelo Cessna de matrícula PT-JCZ, não havia registrado um plano de voo e não foi detectada pelos radares do controle de tráfego aéreo.

As operações de busca envolveram esforços conjuntos da FAB, Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e equipes de cães farejadores. Essa tragédia levanta questionamentos sobre a segurança aérea em áreas remotas do país e destaca a necessidade de um acompanhamento mais rigoroso das aeronaves que operam fora dos padrões convencionais.

A comunidade local e os familiares esperam agora respostas sobre as circunstâncias que levaram a esse trágico acidente.