O sonho de conquistar o primeiro emprego e estudar medicina se transformou em tragédia na última quarta-feira (9) em São Caetano do Sul, na Grande São Paulo. Isabelli Helena de Lima Costa e Isabela Priel Regis, ambas com apenas 18 anos, perderam a vida em um atropelamento devastador.

As meninas estavam atravessando a movimentada avenida Goiás quando foram atingidas por um veículo dirigido por Brendo dos Santos Sampaio, de 26 anos. Câmeras de segurança capturaram momentos angustiantes, mostrando as amigas se aproximando do canteiro central antes de serem atingidas em alta velocidade.

O impacto foi brutal: elas foram arremessadas a cerca de 50 metros. A fatalidade aconteceu enquanto celebravam o primeiro emprego de Isabelle, que começaria a trabalhar em um mercado na segunda-feira seguinte. O sepultamento das jovens ocorreu no cemitério da Saudade, em São Caetano, na última sexta-feira (11).

Claudilene Helena de Lima, mãe de Isabelle, expressou sua dor: "Ela estava tão feliz por ter conseguido seu primeiro emprego. Era minha única filha; fiz tudo para garantir uma vida melhor para ela, não para vê-la dentro de um caixão".

Marcos Antônio dos Santos Regis, pai de Isabela, compartilhou o sonho da filha em ser pediatra. Ele estava orgulhoso de sua dedicação aos estudos e do progresso em seu curso de enfermagem, que a preparava para seu verdadeiro desejo: fazer medicina e trabalhar com crianças.

Após o acidente, Brendo teve sua prisão preventiva decretada no dia seguinte, após audiência. A defesa do motorista alega que o atropelamento foi uma ‘fatalidade’ e que as jovens atravessaram com o semáforo vermelho. Contudo, para os familiares, esse argumento não é suficiente para justificar a perda de duas vidas em um momento de celebração.

Essa tragédia levanta questões sobre segurança nas vias públicas e as precauções que devem ser tomadas para evitar que outros sonhos sejam interrompidos de forma tão abrupta.