Um ataque devastador em Pahalgam, na Caxemira, resultou na morte de pelo menos 24 turistas, gerando indignação e medo na região. Este evento, considerado o mais severo contra civis nos últimos anos, ocorreu em 22 de abril de 2025, quando homens armados dispararam contra um grupo de visitantes.

Após o ataque, que chocou o mundo, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, não hesitou em condenar o ato. Ele o qualificou como "hediondo" e prometeu que os responsáveis seriam levados à Justiça. Equipes de emergência e socorro rapidamente se mobilizaram para atender às vítimas.

Um guia turístico, que estava no local no momento do ataque, relatou à agência France Presse (AFP) que ouviu os disparos e rapidamente foi ajudar os feridos. Em suas palavras, ele viu "vários homens caídos no chão, parecendo mortos", e fez o possível para socorrer aqueles que conseguiu.

O ataque aconteceu em uma área majoritariamente muçulmana da Caxemira, um território em constante disputa entre a Índia e o Paquistão desde a independência britânica em 1947. Embora ainda não haja reivindicação formal de responsabilidade, a região é conhecida por sua insurgência de longa data, com grupos lutando pela independência ou pela anexação ao Paquistão desde 1989.

As autoridades indianas têm promovido Pahalgam como um destino turístico ideal, especialmente para aqueles que buscam esquiar no inverno ou escapar do calor no verão. Em 2024, cerca de 3,5 milhões de turistas visitaram a Caxemira, sendo a maioria deles locais. Contudo, a tragédia levanta sérias questões sobre a segurança na região.

A Índia frequentemente aponta o Paquistão como apoiador dos grupos armados que perpetuam a insurgência na área, enquanto Islamabad nega essas alegações, destacando seu apoio à luta pela autodeterminação da Caxemira. Este ataque, no entanto, ressalta a complexidade e a tensão que permeiam essa região histórica.