No último dia 13 de outubro, Silvio Bispo Romão, um respeitado empresário de 76 anos do setor de transportes, faleceu tragicamente em um naufrágio de um catamarã em Maragogi, Alagoas. Silvio, que fundou sua própria empresa de transportes em 1988 em São Bernardo do Campo, Grande São Paulo, era amplamente reconhecido na indústria e atuava como diretor no Sinaceg (Sindicato Nacional dos Cegonheiros).

Silvio estava viajando para o Nordeste com sua esposa, familiares e amigos, buscando aproveitar as belezas naturais do litoral. O grupo estava hospedado em um resort em Porto de Galinhas, Pernambuco, e tomou a decisão de visitar as icônicas piscinas naturais de Maragogi, conhecidas por suas águas cristalinas e rica vida marinha, consideradas o 'Caribe brasileiro'.

Infelizmente, enquanto desfrutavam de um passeio no catamarã Ocean II, que transportava 47 passageiros e 3 tripulantes, a embarcação começou a adernar. Muitos pularam na água para tentar se salvar, mas o barco virou, lançando todos ao mar. O naufrágio ocorreu na região da Praia de Barra Grande, a cerca de 3 quilômetros da costa.

A esposa de Silvio foi resgatada pelas equipes de emergência com o auxílio de barcos que estavam na área, e um piloto de moto aquática também tentou ajudar Silvio, mas, infelizmente, ele afundou. O Corpo de Bombeiros, que enviou um helicóptero para a operação de resgate, conseguiu recuperar Silvio, mas ele já estava sem vida ao ser retirado das águas.

O corpo do empresário foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e deverá ser trasladado para sepultamento em São Paulo, onde ele era muito conhecido. Sua morte gerou grande comoção, e o Sinaceg emitiu uma nota lamentando a perda, descrevendo-o como um 'grande companheiro de profissão e estrada'.

Nove outras pessoas, incluindo uma mulher grávida e um bebê de apenas cinco meses, também foram atendidas após o acidente, mas felizmente receberam alta logo em seguida.

A Prefeitura de Maragogi reafirmou seu compromisso de apoiar as famílias das vítimas, enquanto uma sindicância foi instaurada para investigar as causas do naufrágio. A Polícia Civil também abriu um inquérito, começando a ouvir a tripulação, o proprietário da embarcação e testemunhas do evento trágico.

Além disso, a Marinha do Brasil anunciou que iniciará um inquérito administrativo para avaliar as circunstâncias do acidente. A empresa proprietária do catamarã informou que está prestando assistência às vítimas e se pronunciará quando necessário. Este lamentável incidente ressalta a importância de segurança nas operações de turismo náutico e levanta questões sobre as condições das embarcações operando em áreas turísticas.