Saúde

'Tilt no câncer': técnica revolucionária brasileira promete parar o avanço da doença

2024-09-21

Autor: Lucas

Uma pesquisa inovadora de um biomédico brasileiro, Matheus Henrique Dias, está prestes a mudar o panorama do tratamento do câncer colorretal, que é o segundo mais comum no Brasil e atingiu a cantora Preta Gil. Em vez de combater as células cancerígenas, essa nova abordagem as estimula até que elas 'sobrecarreguem' e morram, fenômeno que Matheus chama de "tilt".

A palavra 'tilt' é bem conhecida no mundo dos jogos, referindo-se a um estado de travamento que ocorre quando algo dá errado. E essa ideia ousada desafia o que conhecemos sobre tratamentos convencionais, como quimioterapia e radioterapia, que visam inibir a reprodução celular.

O câncer, essencialmente, é um agrupamento de células que se desviaram de seu comportamento normal devido a mutações no DNA, multiplicando-se desordenadamente. O novo tratamento age provocando um 'tilt' nas células cancerígenas, forçando-as a um estado extremo de estresse até que parem de funcionar corretamente.

Atualmente, o estudo realizado no Instituto do Câncer da Holanda, um dos mais respeitados do mundo, está se preparando para iniciar a primeira fase de testes clínicos com pacientes em breve. Essa nova metodologia pode ser um divisor de águas para muitos que sofrem com essa doença devastadora.

Profissionais de saúde do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) reconhecem que a pesquisa de Matheus é um avanço significativo no tratamento, mas ressaltam a importância de testes rigorosos antes que a nova abordagem se torne disponível ao público.

Matheus, que desde 2004 vem dedicando sua carreira à pesquisa na área, começou sua trajetória investigando como as células se dividiam. Em um experimento, ele decidiu aplicar um estimulante que, contrariando todas as expectativas, forçou as células a entrarem em um estado caótico. Foi assim que ele levou suas descobertas para o Netherlands Cancer Institute, onde passou anos aperfeiçoando o tratamento.

O método, publicado na respeitada revista científica 'Cancer Discovery', combina duas medicações que causam estresse nas células cancerígenas. Após o 'tilt', elas não conseguem mais tentar se reparar, resultando em sua morte.

O tratamento não só foca nas células cancerígenas, como também minimiza os efeitos colaterais devastadores dos tratamentos tradicionais, que muitas vezes afetam células saudáveis, como as do sangue. Além disso, a pesquisa indicou que as células que se tornam resistentes a essa nova abordagem apresentam características menos malignas.

Os próximos testes, programados para esse ano, envolverão pacientes com câncer colorretal em estágio avançado que não responderam a tratamentos convencionais. No entanto, Matheus acredita que essa técnica pode ser aplicada a diversos tipos de câncer em diferentes estágios, o que oferece esperança para muitos.

Preta Gil, que recentemente enfrentou o câncer colorretal, tem se tornado um símbolo da luta contra essa doença. Sua trajetória ilustra a necessidade urgente de tratamentos eficazes, já que ela anunciou em agosto de 2023 que a doença havia retornado após um período de remissão.

Como a taxa de incidência de câncer colorretal continua aumentando no Brasil, a pesquisa de Matheus é não apenas vital, mas também urgente. De acordo com o Inca, a taxa de mortalidade pode subir 10% até 2030 se medidas eficazes não forem implementadas.

Os especialistas estão monitorando de perto os desenvolvimentos deste tratamento, que promete não só uma nova esperança, mas uma nova perspectiva para o futuro dos tratamentos contra o câncer. O Dr. Jorge Sabbaga, do Icesp, apontou que a forma como a pesquisa lida com a resistência das células cancerígenas é um aspecto crucial, mas melhorias na metodologia exigirão tempo e rigorosos testes antes que estejam disponíveis para o público geral.

Em suma, o futuro do tratamento do câncer, especialmente o câncer colorretal, pode estar mais brilhante do que nunca, graças a inovações como a de Matheus. O que você acha dessa nova abordagem? Será que um dia poderemos dizer que vencemos a batalha contra o câncer?