
Terror na Colômbia: quem são os responsáveis pelos ataques mortais?
2025-08-24
Autor: Lucas
Dois Detidos Apresentados à Justiça
Neste sábado (23), dois homens detidos por suposto envolvimento em ataques que resultaram na morte de 19 pessoas na Colômbia foram apresentados à Justiça. Walter Esteban Yonda Ipía e Carlos Steven Obando foram presos em flagrante enquanto transportavam caminhões repletos de explosivos até a Escola de Aviação Militar Marco Fidel Suárez, em Cali.
O Terrível Ataque em Cali
Este ataque devastador ocorreu durante o dia 21, deixando seis mortos e mais de 60 feridos. A Promotoria local revelou que a população conseguiu impedir a fuga da dupla, que foi entregue à Polícia Nacional. O caso ganhou notoriedade rapidamente e um promotor da Direção Especializada contra Organizações Criminosas deverá formalizar as acusações.
Responsabilidade e Reações do Governo
O ministro da Defesa, Pedro Sánchez, apontou a maior dissidência das FARC, conhecida como Estado Maior Central (EMC), como a responsável pelo ataque. Apesar disso, o grupo não reivindicou oficialmente a autoria. Para piorar a situação, o presidente Gustavo Petro comparou o líder do EMC, Iván Mordisco, a Pablo Escobar, afirmando que ele está ferido e em fuga.
A Caçada a Mono Luis
Em uma reviravolta dramática, Mono Luis, irmão de Mordisco, foi preso em uma área rural perto de Bogotá. O presidente Petro reforçou que ele lidera operações de narcotráfico e logística do EMC, destacando a fragilidade da situação. A prisão aconteceu em um local que o irmão de Mordisco usava para se distanciar da zona de mobilidade do líder criminoso.
Mais Violência em Amalfi
Ainda na quinta-feira (21), outro ataque brutal foi registrado em Amalfi, ao norte de Medellín. Esta ação, atribuída a uma dissidência rival do EMC, conhecida como Estado Maior de Blocos e Frentes (EMBF), resultou na morte trágica de 13 policiais. O grupo utilizou armas de fogo e até drones em um ataque coordenado contra a polícia, evidenciando a crescente onda de violência no país.
Uma Série de Ataques
Esses atentados estão longe de ser isolados; desde junho, a Colômbia vive uma escalada de violência incomum, com ataques que resultaram em dezenas de feridos e várias mortes. O ministro da Defesa já havia oferecido uma recompensa de 300 milhões de pesos colombianos (cerca de R$ 406 mil) por informações que levassem à captura dos responsáveis.
Pedido de Classificação de Terrorismo
Após os ataques, o presidente Petro, que assumiu o cargo com a proposta de uma "Paz Total", não hesitou em descrever o ato como "brutal" e pediu que o Estado colombiano e a comunidade internacional classifiquem as dissidências das FARC e o Clã do Golfo como organizações terroristas, visando um combate mais efetivo a essa crise.