Seul (Reuters) – O cenário político da Coreia do Sul se tornou ainda mais tenso nesta terça-feira, quando o principal partido da oposição, o Partido Democrático (PD), anunciou que havia decidido adiar o plano de impeachment do presidente interino Han Duck-soo. Inicialmente, a oposição prometeu avançar com a destituição de Han, mas rapidamente recuou, optando por esperar até o final da semana, em meio ao aumento das incertezas políticas no país.

Esse adiamento vem em um momento delicado, após a controversa tentativa do ex-presidente Yoon Suk-Yeol de instaurar uma lei marcial no dia 3 de dezembro, uma medida que durou pouco tempo, mas deixou cicatrizes profundas no panorama político sul-coreano. Yoon justificou sua ação por acreditar que a oposição estava comprometida em desestabilizar o governo, o que intensificou as divisões entre os partidos.

Park Chan-dae, líder do PD, declara que a decisão de aguardar se dá pela necessidade de avaliar cuidadosamente a situação atual e seus possíveis desdobramentos. O partido, que possui a maioria no parlamento, encontrou resistência em seus esforços para destituir Han, especialmente após ele ter retardado a promulgação de uma lei que estabeleceria um conselho especial de investigação sobre os eventos envolvendo a tentativa de lei marcial.

Analistas políticos destacam que a situação atual pode criar um clima de instabilidade que pode impactar negativamente a economia sul-coreana, que já vinha enfrentando desafios em meio às pressões globais e a desaceleração econômica. Com a incerteza pairando sobre o governo interino, investidores e cidadãos aguardam ansiosamente por uma resolução que garanta a estabilidade política e econômica do país.