O Iraque não está mais calado! Em uma carta enviada ao secretário-geral da ONU e ao Conselho de Segurança, o país acusou Israel de violar seu espaço aéreo durante um ataque contra o Irã no último sábado. O Exército israelense bombardeou alvos militares no Irã, em resposta aos mísseis lançados de Teerã contra território israelense no dia 1º de outubro.

O Irã, por sua vez, prometeu uma "resposta firme". O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Esmail Baghai, relatou que estão mobilizando todos os recursos disponíveis para responder à "agressão do regime sionista". Ele também disse esperar que o Iraque tome medidas, para que situações como essa não se repitam.

Acusações de que aviões israelenses utilizam o espaço aéreo iraquiano, que é controlado pelas forças dos EUA, têm aumentado. Os militares iranianos alertam que essa prática permite que Israel execute ataques por meio de mísseis aerotransportados com ogivas leves. Essa situação tem gerado grande tensão na região, com o Iraque em uma posição delicada, tentando navegar suas relações com o Irã e os Estados Unidos.

As facções armadas pró-Irã no Iraque têm intensificado seus ataques contra interesses israelenses na região, o que complica ainda mais a dinâmica de segurança. Neste domingo, as Brigadas do Hezbollah criticaram o uso do espaço aéreo iraquiano durante os ataques israelenses, prometendo que Israel e os EUA terão que "pagar o preço" em um momento oportuno.

Enquanto a comunidade internacional se mobiliza para uma solução pacífica para o conflito que já dura mais de um ano, o Conselho de Segurança da ONU se reunirá com urgência após o apelo do Irã.

Por outro lado, o presidente do Egito também entrou na discussão, propondo uma trégua de dois dias em Gaza para facilitar a troca de reféns israelenses. Essa proposta, que visa reduzir as tensões, emerge em um momento crítico, pois o panorama econômico do Egito já está sendo afetado pelos conflitos e a pandemia. O turismo caiu e as receitas do Canal de Suez despencaram em 60% devido a ataques recentes.

Este cenário dramático no Oriente Médio nos faz perguntar: até onde a tensão pode chegar? As relações entre os países da região estão mais fracas do que nunca, e as comunidades estão sendo forçadas a pagar o preço por conflitos que muitas vezes estão além de seu controle.