Um alarmante incidente de fogo amigo ocorreu no último domingo (22) no Mar Vermelho, onde um navio de guerra americano, o cruzador USS Gettysburg, abateu acidentalmente um caça F/A-18 Super Hornet que havia decolado do porta-aviões USS Harry S. Truman. Graças a medidas de segurança adotadas, os dois pilotos conseguiram sobreviver.

O caça estava em missão de ataque contra posições de rebeldes houthis no Iémen quando foi atingido. O Comando Central das Forças Armadas dos EUA já anunciou que uma investigação está em andamento para apurar como esse erro grave aconteceu, o que ressalta os altos riscos associados às operações militares em regiões tão saturadas de tensão militar.

Simultaneamente, o cenário no Iémen piora com os houthis aumentando sua atividade, especialmente depois do recente início de hostilidades entre Israel e Hamas. A organização houthis já começou a atacar navios mercantes que supostamente estão ligados a Israel e países ocidentais, em resposta à guerra declarada por Israel na Faixa de Gaza.

Desde o início desse conflito, mais de cem ataques a navios foram registrados, criando uma perturbação significativa no comércio marítimo mundial. De acordo com dados da Freightos, o custo do transporte de contêineres nas principais rotas marítimas disparou de US$ 1.000 para US$ 3.600, refletindo o impacto direto da violência na economia global.

Além de ataques a navios, os houthis intensificaram seus ataques diretos contra Israel. No último sábado (21), um míssil balístico atingiu o sul de Tel Aviv, ferindo 23 pessoas. Reportagens indicam que uma falha no sistema de defesa Arrow foi a causa da interceptação malsucedida, elevando os alarmes sobre a eficácia das defesas de Israel.

Israel, por sua vez, também intensificou suas ações, atacando alvos no Iémen, visando limitar a capacidade dos houthis e já havia causado grandes danos ao porto de Hodeidah. Desde a chegada do grupo de ataque do USS Truman ao Mar Vermelho, os EUA renovaram os bombardeios, inclusive atingindo a capital iemenita, Sanaa.

Com a assistência do Irã, os houthis montaram um incomensurável arsenal de mísseis e drones, o que surpreendeu Israel e seus aliados. Especialistas afirmam que a atividade militar da Marinha dos EUA na região está em um nível sem precedentes desde a Segunda Guerra Mundial, e muitos acreditam que um ataque a um navio americano pode ser iminente. A tensão no Mar Vermelho não dá sinais de diminuir, enquanto todos os olhos estão voltados para como as potências internacionais irão navegar nessa tempestuosa cadeia de eventos.