A recente operação da Polícia Civil em Manguinhos teve um desfecho alarmante, quando um projétil disparado durante a ação atingiu a janela da Fiocruz, um importante centro de pesquisa e produção de vacinas. Segundo informações, um supervisor da segurança da instituição estava realizando a desocupação da área para proteger trabalhadores e estudantes no momento da incursão policial. Ele foi detido sob a acusação de fornecer apoio a criminosos em fuga.

A Fiocruz emitiu uma nota expressando seu descontentamento com a ação policial, afirmando que os agentes entraram no campus sem autorização e com a identidade mascarada. O incidente com o projétil culminou em um atendimento médico para uma funcionária que ficou ferida pelos estilhaços de vidro, aumentando a preocupação com a segurança na instituição, que acolhe diariamente cerca de 200 crianças em suas dependências.

"A operação da Polícia Civil foi feita de forma arbitrária, colocando em risco a vida de nossos alunos e funcionários. Até o momento desta publicação, os policiais continuam em nosso campus em Manguinhos", declarou a nota oficial da Fiocruz.

Por outro lado, a polícia justificou a operação ressaltando a presença de traficantes na região e a necessidade de intervenção para evitar maiores danos. A operação resultou na neutralização de quatro suspeitos e na apreensão de armas. No entanto, o avanço das investigações levanta a possibilidade de envolvimento de funcionários da Fiocruz com atividades criminosas, o que está sob apuração.

Zélia Maria Profeta da Luz, chefe de gabinete da Fiocruz, destacou a gravidade da situação: "É inaceitável que algo assim ocorra em nossa instituição, especialmente considerando o número de crianças presentes diariamente. A segurança é nossa prioridade e estamos avaliando como proceder nas próximas operações policeais na área."

A instituição decidiu encerrar suas atividades mais cedo na quarta-feira, com o expediente se encerrando às 13h30. Apenas serviços essenciais, como o hospital, continuam funcionando normalmente. Além disso, os ônibus para os funcionários partirão mais cedo, a partir das 15h, como medida de precaução. A operação ainda está em andamento e envolve a Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), a 21ª DP (Bonsucesso) e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

Esses eventos levantam questões cruciais sobre a segurança nas comunidades e instituições, especialmente em áreas vulneráveis, e a tensão envolve a cidade de maneira crescente. O que mais pode acontecer nessa instigante narrativa? Fique atento para mais atualizações.