Uma intensa tempestade tropical atingiu o nordeste das Filipinas, resultando em inundações devastadoras e deslizes de terra que deixaram pelo menos 24 pessoas mortas nesta quinta-feira (24). De acordo com a agência de notícias Associated Press, a situação é crítica, com muitos moradores isolados em seus telhados devido ao aumento das águas.

As autoridades lutam contra o tempo e precisaram mobilizar embarcações para resgatar aqueles que foram presos nas inundações. O governo decidiu fechar escolas e repartições públicas na ilha principal de Luzon por dois dias consecutivos, com exceção dos serviços de emergência, visando proteger milhões de cidadãos da fúria da tempestade tropical Trami que se abateu sobre a província de Isabela.

A tempestade trouxe ventos intensos de até 95 km/h, com rajadas que alcançaram até 160 km/h, e se deslocava em direção ao Mar do Sul da China. A cidade de Aguinaldo, na província montanhosa de Ifugao, foi severamente afetada.

A maioria das mortes foi registrada na região de Bicol e na província de Quezon, onde os deslizamentos de terra também se tornaram um perigo adicional. Entre as vítimas, pelo menos sete estavam na cidade de Naga, que enfrentou um cenário de devastação quando os níveis de chuva aumentaram rapidamente, deixando a localidade submersa em apenas 24 horas.

A situação de emergência levou a um esforço conjunto das forças de segurança, com cerca de 1,5 mil policiais destacados para auxiliar nas operações de resgate. O chefe regional da polícia, Andre Dizon, mencionou a urgência em receber mais embarcações para que todos pudessem ser resgatados, já que muitos continuam em telhados em busca de ajuda.

“Estamos buscando maneiras de entregar alimentos e água aos que estão presos, mas ainda não conseguimos evacuá-los todos”, disse Dizon. A situação é especialmente crítica, pois as inundações repentinas também arrastaram carros em Naga e provocaram deslizamentos de lama do vulcão Mayon, um dos 24 vulcões ativos do país.

As condições climáticas continuam complicadas, com chuvas persistindo na região, dificultando as operações de socorro, relatam as autoridades locais. Estima-se que mais de 2 milhões de pessoas foram afetadas pelo fenômeno, com 75,4 mil já deslocadas e abrigadas em áreas mais seguras.

As Filipinas enfrentam, em média, 20 tempestades e tufões por ano, e eventos como o Tufão Haiyan em 2013, que deixou um rastro de destruição e mais de 7.3 mil mortos ou desaparecidos, permanecem na memória coletiva. As operações de resgate e recuperação seguem sendo a prioridade das autoridades, que lutam contra a devastação e a urgência de respostas em um cenário tão alarmante.