
Tarifas de Importação nos EUA sob Trump atingem o maior nível desde a Grande Depressão, revela estudo alarmante
2025-04-04
Autor: Lucas
A Guerra Comercial entre os EUA e a China continua a impactar as bolsas de valores globais, resultando em quedas acentuadas. No Brasil, o dólar já alcançou a marca de R$ 5,75, gerando preocupação entre economistas e analistas financeiros.
Um estudo recente, elaborado pelos economistas Erica York e Alex Durante e divulgado pela Tax Foundation, aponta que sob a administração de Donald Trump, o país enfrenta a maior tarifa média de importação desde 1933. Essa situação é ainda mais alarmante se considerarmos que a imposição de tarifas semelhantes durante a Grande Depressão acabou aprofundando a crise econômica da época.
Reflexões sobre os erros do passado
Em um estudo prévio, Erica já havia indicado que a tarifa média de importação nos EUA havia alcançado 20% em 1933, após a implementação da Lei Hawley-Smoot em 1930. Essa medida, que visava proteger a economia americana após o colapso da Bolsa de Nova York em 1929, acabou se revelando um fracasso, globalizando a recessão e contribuindo para a eclosão da Segunda Guerra Mundial na década seguinte.
O impacto das tarifas de Trump
As novas tarifas, que Trump anunciou recentemente, prometem causar um declínio de 28% nas importações totais dos EUA para 2024, o que representará uma redução de mais de US$ 900 bilhões nas compras internacionais. Economistas acreditam que essa queda terá um efeito direto no crescimento econômico do país, reduzindo o PIB em aproximadamente 0,8%. Contudo, a expectativa é que essa política também aumente a arrecadação tributária federal em até US$ 3,2 trilhões ao longo da próxima década, com US$ 290 bilhões sendo arrecadados já este ano através das novas sobretaxas. Isso tornaria esse ajuste fiscal um dos maiores desde 1982.
Consequências para o mercado de trabalho
De acordo com as previsões, pelo menos 358 mil empregos poderão ser ameaçados devido ao aumento das tarifas, o que levanta preocupações sobre a segurança dos trabalhadores nos EUA. Desde o início do governo Trump, as tarifas sobre bens de países como Canadá, México e China já geraram um impacto de até US$ 380 bilhões, e mais recentemente, foram anunciadas novas sobretaxas que totalizam cerca de US$ 2,5 trilhões.
Num cenário global já fragilizado pela pandemia e pelos desdobramentos da guerra na Ucrânia, a polarização política e as tensões comerciais intensificadas podem ter repercussões ainda mais dramáticas. Com um mercado cada vez mais interligado, fica a pergunta: até onde estas novas tarifas poderão impactar a economia global e a vida dos cidadãos norte-americanos? A resposta para isso ainda parece distante, mas as preocupações estão cada vez mais presentes na pauta econômica mundial.