247 - Na sessão plenária desta quarta-feira (30), a Câmara dos Deputados votou a proposta de regulamentação da reforma tributária que tinha como ponto central a criação de um imposto sobre grandes fortunas. A emenda, proposta pela federação Psol-Rede, foi derrotada com 262 votos contra e 136 a favor. A ausência de 113 parlamentares, entre eles Tabata Amaral (PSB-SP), chamou a atenção, de acordo com informações divulgadas pelo Congresso em Foco.

Essa votação revelou divisões não apenas entre partidos, mas também dentro das próprias legendas. Apenas PT, PCdoB, PV e PSB orientaram seus membros a votarem a favor da criação do imposto. Em contrapartida, o governo optou por liberar sua bancada para votar conforme suas preferências, enquanto a oposição incentivou seus deputados a rejeitarem a proposta.

A exclusão do imposto sobre grandes fortunas perpetua um sistema tributário que incide majoritariamente sobre o consumo, afetando desproporcionalmente as classes de renda mais baixa. Essa situação gera críticas significativas e coloca o Brasil em uma posição delicada no cenário global, onde muitos países já avançaram em termos de imposição fiscal progressiva.

Especialistas argumentam que a continuidade dessa política sem uma reforma efetiva pode intensificar as desigualdades sociais, enquanto a necessidade de simplificação do sistema tributário permanece sem solução. O projeto, como está, carece de alterações significativas na estrutura de tributos sobre patrimônio, limitando seu potencial de redistribuição de riqueza.

A presença dos deputados é crucial em votações desse tipo, uma vez que decisões podem ter repercussões profundas na economia e na esfera social. Portanto, é fundamental acompanhar como essas ausências podem influenciar o futuro da reforma tributária e os esforços para uma maior justiça fiscal no Brasil.

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