
Suprema Corte dos EUA pode manter tarifas de Trump, diz ex-vice da OMC
2025-09-14
Autor: Julia
Tarifas em jogo!
Alan Wolff, ex-vice-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), declarou que a Suprema Corte dos Estados Unidos provavelmente irá confirmar as tarifas comerciais implementadas pelo ex-presidente Donald Trump. Em uma entrevista por videoconferência ao Poder360 nesta segunda-feira, Wolff expressou sua crítica às medidas, mas acredita na resistência delas.
Decisão em primeira instância já foi contestada
Recentemente, a Corte de Apelações do Circuito Federal de Washington decidiu que as tarifas aplicadas à China, Canadá e México são ilegais, embora tenham sido mantidas até 14 de outubro. A decisão não menciona as tarifas de 50% impostas sobre produtos brasileiros e o governo dos EUA já recorreu. A Suprema Corte decidiu que revisará a situação das tarifas.
Expectativas de Wolff sobre o julgamento
Wolff já previa que o caso chegasse ao patamar da Suprema Corte e que a decisão fosse favorável a Trump. Ele afirmou que a discussão versará sobre a autoridade do presidente em usar tarifas na política externa, e isso, segundo ele, é respaldado pela Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional (IEEPA).
Cenário comercial para o Brasil
Em relação ao Brasil, Wolff sugere que o país deve buscar negociar a diminuição das tarifas. Ele acredita que essa é a única forma de mudar a situação atual, especialmente considerando que o comércio global tende a crescer apesar das dificuldades impostas pelos EUA. "É como as leis de Newton; no final, a eficiência prevalece", declarou.
Implicações políticas e comerciais
A situação das tarifas pode impactar diretamente as eleições legislativas de novembro de 2026. Se a inflação disparar, por exemplo, isso pode pressionar o presidente a reconsiderar sua política tarifária. Wolff enfatiza que, se tais tarifas forem mantidas por um longo período, o Brasil e outros países emergentes buscarão novos mercados, especialmente fora dos EUA.
A luta comercial e o futuro
Wolff observa que, apesar da administração Trump ter implementado tarifas protecionistas, a mecânica do comércio global continua a se expandir. Ele crê que a eficiência econômica triunfará a longo prazo, mesmo em face de tarifas e disputas comerciais.
Conclusão: Um futuro incerto, mas esperançoso
A economia global pode estar passando por uma fase de protecionismo, mas os interesses comerciais estão sempre em jogo. Wolff acredita que, em última análise, países como o Brasil continuarão a encontrar maneiras de se afirmar no cenário mundial, buscando parcerias alternativas e se adaptando às mudanças do mercado.