
Suprema Corte da Argentina passa por abalos: Juiz indicado por Milei renuncia e crise se agrava!
2025-04-07
Autor: Ana
Em meio a um contexto político tumultuado, o juiz Manuel García-Mansilla anunciou sua renúncia ao cargo na Suprema Corte da Argentina nesta segunda-feira (7 de abril de 2025). A decisão vem após o Senado rejeitar sua nomeação de forma categórica, com 51 votos contrários e apenas 20 favoráveis, enquanto a indicação do colega Ariel Lijo também foi amplamente contestada.
A polêmica começou quando o presidente Javier Milei, pela legenda La Libertad Avanza, decidiu nomear Mansilla e Lijo na Corte através de um decreto em 25 de fevereiro, ignorando o tradicional processo de aprovação prévia pelo Senado. Essa manobra foi criticada como uma tentativa de contornar as normas e consolidar o poder executivo sobre o judiciário.
Em sua carta de renúncia, Mansilla expressou preocupação em facilitar o trâmite para que as vagas na Corte fossem preenchidas adequadamente. "Aceitei esta nomeação com a convicção de que a falta de integrantes no Supremo Tribunal era um problema institucional grave que exigia uma solução urgente. Minha permanência não facilitaria essa integração, mas sim seria uma distração para os que devem resolver essa questão", afirmou o juiz.
Vale lembrar que, até a renúncia de Mansilla, a Suprema Corte contava com apenas três juízes ativos, o que gerou uma pressão crescente sobre o governo de Milei para resolver esse impasse. A insatisfação com a aprovação das nomeações e o clima de desconfiança no Senado, onde as divisões políticas são evidentes, aumentam a tensão entre os poderes.
Embora o presidente ainda não tenha se manifestado diretamente sobre a saída de Mansilla, seu gabinete levantou críticas incisivas à votação do Senado, alegando que a Casa Legislativa não está agindo em favor do povo argentino. A situação continua a evoluir, deixando no ar a pergunta: quais serão os próximos passos do governo Milei e como isso impactará o sistema judiciário do país? A crise política parece longe de um desfecho, enquanto o futuro da Suprema Corte permanece incerto e repleto de desafios!